São mais e mais adorados: festivais de tamanho médio multiplicam-se pelo país
Proximidade com região, especificidade no cartaz e conforto são os fatores mais valorizados pelos espectadores. Agosto está recheado destes eventos.
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Se tem a sensação de que há um festival em cada esquina, não está sozinho: há cada vez mais festivais - sobretudo de pequena e média dimensão. Não competem pelo público das grandes produções - cada vez mais massificadas - , dão a conhecer os seus territórios e especializam-se em géneros específicos de música. É este o retrato traçado por Paula Guerra, socióloga dedicada à criação artística contemporânea.
A conclusão da docente da Universidade do Porto é partilhada pelos promotores destes certames de tamanho mais pequeno. O Beat Fest, que começou ontem em Gavião e aposta no hip-hop, com T-Rex- Regula e Dillaz, é um bom exemplo de nicho. Diz António Severino, vice-presidente da câmara: “Não é viável ser abrangente ou ter só produções de grande escala; precisamos de algo que nos diferencie”. E mais: “Atrair um público específico” não é restrição e “mesmo pessoas que não são fãs de hip-hop acabam por ficar fãs e regressam”.