É mais uma reação forte à controvérsia causada pelo documentário "Leaving Nerveland", em que são relatados alegados abusos sexuais a crianças por parte de Michael Jackson. O produtor da série "Os Simpsons" decidiu retirar a voz do artista de um dos episódios.
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Em 1991, quando Michael Jackson estava no auge da sua carreira musical, deu a voz a uma personagem chamada Leon Kompowsky, um paciente que Homer Simpson conheceu num hospital psiquiátrico e que acredita ser um um famoso cantor.
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Trata-se de um dos episódios mais famosos da série, que já leva mais de seiscentos episódios e trinta temporadas. É precisamente deste episódio que nasce uma das músicas mais conhecidas de toda a série, quando a personagem interpretada por Jackson canta os parabéns a Lisa Simpson,
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Ao jornal "The Washington Post", James L. Brook, produtor-executivo de "Os Simpsons", disse que vai retirar este episódio, na sequência do escandaloso documentário emitido pelo HBO, em que dois homens, que conheceram Jackson em criança, o acusam de pedofilia.
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De acordo com o produtor, estão a ser tomadas "medidas sérias" para retirar este episódio de todas as plataformas, incluindo a televisão, serviços de streaming ou gravações em DVD.
"Este episódio é um verdadeiro tesouro e temos muitas boas memórias relacionadas com ele", lamentou. "Sou completamente contra a queima de livros, mas este livro é nosso e estamos autorizados a arrancar o capítulo que quisermos", disse.
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Rádios da Nova Zelândia deixam de passar músicas de Jackson
A reação ao documentário já se tinha feito sentir em algumas rádios um pouco por todo o mundo que, desde a semana passada, quando o documentário estreou, deixaram de passar músicas do artista que morreu em 2009. A Nova Zelândia é um dos países que mais a sério levou esta campanha.
A rádio pública daquele país e o seu maior rival privado, que, segundo o jornal "The Guardian", cobrem metade da população, uniram-se e deixaram de passar músicas de Jackson.
No Canadá, três das maiores estações de rádio do país assumiram que não vão passar mais músicas da discografia do cantor. Christine Dicaire, porta-voz da empresa de média Cogeco, admitiu que a medida surge como reação à contestação dos ouvintes face ao documentário.