Festival regressa a Oeiras, Póvoa de Varzim e Setúbal com Carolina Deslandes, Sara Correia, João Pedro Pais e outros artistas. "Temos um compromisso com a valorização da guitarra e da sua expressão artística em diferentes geografias”, diz programador ao JN.
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São concertos – e encontros entre público e artistas – únicos, mais intimistas, voltados para a simplicidade da canção e o brilho da guitarra. É este o ADN do festival Soam as Guitarras, que arranca esta quinta-feira em Oeiras e percorre, até 30 de maio, várias salas e cidades do país.
Distribuído por Oeiras, Póvoa de Varzim e Setúbal, o programa promete noites marcantes, com concertos no Auditório Ruy de Carvalho, em Oeiras, do André Sardet Trio (esta noite), Joana Almeirante (11 de abril), Luísa Amaro em tributo a Carlos Paredes (12 de abril), a revisitação dos clássicos de Marco Paulo num espetáculo liderado por Pedro Branco acompanhado por Benjamim, Luís Severo e Margarida Campelo (8 de maio), e encontros musicais inéditos, como Tainá com Joana Alegre (9 de maio) ou André Santos a convidar Manuela Azevedo (10 de maio).
Na Póvoa de Varzim, o Cineteatro Garrett acolhe João Pedro Pais, com o guitarrista Sérgio Mendes (16 de maio) e Carolina Deslandes, acompanhada por Feodor Bivol (17 de maio).
De volta a Oeiras, mas pela Fábrica da Pólvora de Barcarena, passam Sara Correia e Diogo Clemente (23 de maio) e Carolina Deslandes e Feodor Bivol (24).
Há ainda concertos em Setúbal, a partir de 22 de maio: os espetáculos no Cinema Charlot Auditório Municipal contam com a curadoria de Vasco Durão (do festival Guitarras Ao Alto), resultado da colaboração entre os dois certames que partilham a mesma paixão pela guitarra e pelas suas “infinitas possibilidades artísticas”.
Destaque para Inóspita com João Luzio e Rafael Chiotti (Academia de Guitarra. Música e Tecnologia) (22 de maio) e Velho Homem (23 de maio), projeto recentemente formado por Afonso Dorido (Homem em Catarse, indignu) e Francisco Silva (Old Jerusalem).
Já o Fórum Luísa Todi recebe Sara Correia e Diogo Clemente (28 de maio) e Carolina Deslandes (30 de maio), encerrando o festival com um espetáculo marcante ao lado de Feodor Bivol.
“Proximidade com os artistas”
Para Nuno Sampaio, programador do Soam as Guitarras, o evento volta a reforçar o seu “compromisso com a valorização da guitarra e da sua expressão artística em diferentes geografias”. Portanto, adianta ao JN, os concertos são sempre “conceitos de proximidade, de intimidade com o artista”.
No programa, há nomes consagrados, mas mesmo com esses artistas há sempre este ângulo. Além disso, há, como em todas edições, “muitas cantoras, muitas vozes femininas”, algo que para o programador também é importante; assim como o espaço a artistas mais emergentes, como no caso de Joana Almeirante, que atua em Oeiras a 11 de abril.
Espaço também para novos encontros de artistas, como acontece com “André Santos convida Manuela Azevedo” ou o concerto especial dedicado a Marco Paulo, em que Pedro Branco convida Benjamim, Luís Severo e Margarida Campelo.
Desde a sua criação, Soam as Guitarras tem vindo a crescer e afirmar-se, promovendo encontros únicos entre artistas e público num formato intimista. Ao longo dos anos, o evento expandiu-se para várias cidades, tendo já acolhido nomes icónicos da música portuguesa como António Chainho, Dead Combo ou Márcia.