"Sobre a liberdade de Ser" de Acácio Viegas vence Bienal de Pintura do Eixo Atlântico

A Bienal de Pintura do Eixo Atlântico foi inaugurada esta quinta-feira, no Museu de Artes Decorativas de Viana do Castelo
Foto: Ana Peixoto Fernandes
A obra "Sobre a liberdade de Ser", de Acácio Viegas, foi a vencedora da XV Bienal de Pintura do Eixo Atlântico, inaugurada, esta quinta-feira, no Museu de Artes Decorativas de Viana do Castelo.
"Sinto-me reconhecido porque o meu trabalho tende a ser uma exploração de mim próprio, daquilo que sou e da minha relação com o mundo, e onde se inclui também o sítio onde nasci e cresci. E ganhar este prémio quando Viana do Castelo, a minha cidade-natal, é Capital do Eixo Atlântico tem um significado especial", afirmou o artista, natural de Viana do Castelo.
"Acho que pertenço ao Norte de Portugal e Galiza. Não podemos dissociar as duas coisas, porque somos muito próximos. Em termos de projeção para a Galiza, espero que a traga, porque, a mim, faz-me sentido que a arte seja partilhada e chegue ao público. E que atravesse fronteiras, porque a arte é universal", acrescentou.
Além do primeiro e segundo prémios, foram atribuídos um galardão jovem talento e duas menções honrosas a artistas portugueses e galegos.
A exposição compreende um total de 29 obras e permanecerá em Viana do Castelo até final de janeiro. Durante 2026, tornar-se-á itinerante e percorrerá a Eurorregião, passando pelos municípios de Gondomar, Peso da Régua, Ribeira, Vilalba, Vila Real, Bragança, Monforte de Lemos, Barcelos, Felgueiras e Carballo.
"A cultura não tem fronteiras", afirmou o secretário-geral do Eixo Atlântico, Xoan Mao, lembrando que a Bienal, fundada em 1997, "é das mais antigas da Península Ibérica" e continua a fomentar o objetivo original de promover a criação artística e a cooperação cultural entre a Galiza e o Norte de Portugal.
Também o autarca de Viana do Castelo, Luís Nobre, sublinhou o papel da cultura como "ponte entre duas geografias que tem uma história em comum, uma identidade, muitas manifestações, imagens cénicas e espaços que as aproximam". E enalteceu o facto de o prémio ter sido entregue a um artista de Viana do Castelo, no ano em que o município foi Capital da Cultura do Eixo Atlântico.
"É a trilogia perfeita. Estamos a terminar o facto de sermos Capital da Cultura do Eixo Atlântico, eu terminei também o meu ciclo de presidência do Eixo Atlântico e faltava aqui um terceiro elemento para criar o equilíbrio de termos a Bienal e ser conquistada por um vianense", comentou Luís Nobre.
Nesta edição, a Bienal de Pintura do Eixo Atlântico conta com as colaborações da Xunta de Galicia, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, e do Instituto Português do Desporto e Juventude.

