Sónar Lisboa: mais de 50 artistas em ano de “consolidação”

Posiciona-se como o primeiro grande evento de música do ano na Europa e o caso não é para menos: no final de março, com a primavera acabada de chegar ao calendário, entra também no calendário dos fãs de música e de sonoridades mais eletrónicas o Sónar Lisboa. O cartaz e novidades da 3.ª edição do festival, que se pretende “de consolidação”, foram já apresentados.

O festival de música de dança, house e jungle, que tem este ano o lema de mostrar “o melhor de Lisboa ao mundo e trazer o melhor do mundo para Lisboa”, regressa dias 22, 23 e 24 de março ao Parque Eduardo VII.

No total, são dois dias e duas noites de música, que englobam este ano 54 artistas, de 18 países dos 5 continentes, tal como revelou Gustavo Pereira, diretor da edição portuguesa, na conferência de lançamento do evento. Como em outros anos, haverá muito público estrangeiro a passar por Portugal nos dias do Sónar, mas a adesão dos portugueses é também costumeira e esperada – e as vendas combinadas estão um pouco acima das do ano passado, adiantou ao JN.

Estrangeiros a crescer

“Neste momento temos uma percentagem maior de estrangeiros com bilhete adquirido, mas uma tendência nacional que temos notado é de por cá se comprar mais perto da data. Comparativamente com anos anteriores estamos ligeiramente acima nas vendas e esperamos resultados melhores e um crescimento ligeiro no público”, contou ao JN o responsável, para quem o Sónar Lisboa é uma “aposta ganha”, desde o primeiro ano.

“Desde o início que foi ganho. E temos feitos ajustes, temos estado atentos a críticas construtivas do público, tentado otimizar e melhorar a experiência, de ano para ano”, frisa. E deixa o convite: este é um festival para quem conhece e aprecia este tipo de sonoridades, mas também para quem gosta de conhecer.

“É sempre bom virem numa onda de descoberta, porque vão ter boas surpresas. Quer pela diversidade do cartaz- apesar de ser música eletrónica e um cariz mais underground, digamos, é também muito democrático e aberto- e porque quem vem, volta para casa com novos interesses e nomes para as playlists”, conclui.

Mais ecletismo no cartaz

Este ano, o Sónar volta a concentrar-se no Pavilhão Carlos Lopes, com um espaço ampliado quer de circulação como de restauração, foi ainda divulgado. É aqui que acontecem os mais de 40 espetáculos do Sónar by Day (sábado e domingo) e by Night (sexta e sábado), com os pontos de destaque a serem em 2024 mais ecléticos do que nunca, tal como frisou Enrique Palau, um dos fundadores do Sónar Barcelona, há já mais de três décadas. “Comemorámos os 30 anos de

Barcelona em junho e estamos muito felizes de começar uma nova temporada em Lisboa”, frisou, destacando depois alguns dos nomes mais fortes de um cartaz onde “quase metade” dos artistas são portugueses. “Isso é muito entusiasmante para nós, temos descoberto e dado a descobrir nomes diferentes e assistimos a uma expansão de artistas portugueses, o que nos faz muito felizes e orgulhosos”, destacou.

Entre os mais de 50 nomes a cartaz, nos dois dias e duas noites, Palau destaca presenças como a do germânico Paul Kalkbrenner, Shygirl com o seu Club Shy, a iraniana Sevdaliza, ou Oneothtrix Point Never, a.k.a Daniel Lopatin. Lembra também a presença do rapper da Estónia Tommy Cash, bem como dos portugueses Branko, Rui Vargas, Iolanda ou Xexa, entre muitos outros.

Destaque ainda para 2manydjs com Éclair Fifi & Erol Alkan, Bonobo, Vanyfox, Nia Archives, Helena Hauff b2b Imogen, Moullinex △ GPU Panic, tudo pontos fortes para o co-diretor do evento, entre artistas conhecidos e emergentes, tal como é apanágio do festival.

Apanágio é também o lado de tecnologia, criatividade e sustentabilidade, este ano novamente expressos no Sónar+D, com três instalações de artistas nacionais do estúdio ZABRA, na Estufa Fria. O mesmo espaço, mas na nave, acolhe ainda palestras e workshops numa parceria com a Future Days.

O cartaz completo e bilhetes podem ser consultados na página do Sónar.