De Carlos Manaça a Miss Sheila, sem esquecer Charlie Sparks ou Indira Paganotto, a 16ª edição do Sound Waves não desiludiu os milhares de fãs que acorreram ao Estádio da Barrinha, em Esmoriz.
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Carlos Manaça foi o responsável por fazer tirar a timidez das primeiras centenas de “ravers” que estiveram presentes nas atuações iniciais do Sound Waves. Um set dinâmico e com os melhores “tracks” do género, o artista português fez explodir quem cedo se encostou às grades da frente palco. Ainda com o seu set a decorrer, mas já prestes a terminar, o produtor e DJ chegou-se perto da plateia erguendo as suas mãos ao alto, agradecendo o apoio que recebeu dos festivaleiros, terminando a sua atuação entoando o nome de Miss Sheila, a artista que lhe seguiria.
E quando Miss Sheila subiu ao palco uma explosão de alegria abateu sobre o recinto do Sound Waves e até o Sol quis esperar um pouco para assistir aos primeiros momentos da sua atuação. Não faltou o techno, as mãos no ar, os gritos, os assobios e as labaredas que eram emanadas à sua frente. A artista, que reside em Esmoriz, soube abrir as portas da “sua cidade” para os “ravers” com uma atuação bastante energética e cheia de “loucura”.
Pista de dança repleta de farra e de energia, coube a Du/art dar continuidade ao trabalho musical que fora feito em cima do palco. E na verdade não desiludiu, durante uma hora o público correspondeu ao ritmo das batidas do artista português, antes mesmo de subir ao palco a artista nascida em Londres, Øtta.
A artista não precisou de apresentações, mal os festivaleiros se aperceberam que estava para subir ao palco, desataram a correr, desde a zona da alimentação, em direção à pista de dança, onde se podia ouvir “saiam da frente que a rainha está a chegar”, e de maneira suave e explosiva, acompanhada de enormes labaredas, Øtta entrava em ação para uma hora e meia de dança eletrónica.
Quando a organização promete “uma maratona de 21 horas consecutivas de música” cumpre, não fosse a troca dos artistas em palco uma espécie de corrida de estafetas, onde o artista anterior entrega na mão do próximo o testemunho ainda em cima do palco, chegando a estar os dois artistas em simultâneo na mesa de mistura.
Entrega da “rave” feita, cabia ao artista inglês Charlie Sparks dar seguimento ao trabalho de alegrar e proporcionar um bom momento. Em cima do palco era possível ouvir-se “não estão preparados para o que aí vem”, mas na verdade, e olhando para o público em apoteose, era visível que os milhares de “ravers” ali presentes estavam preparados. E não tardou até que o primeiro drop rompeu nas colunas, as primeiras bolas de fogo emanaram dos lança-chamas e a loucura envolveu artista e “ravers” levando milhares de festivaleiros a que tirassem os pés do chão. E foi ao ritmo de Ragatanga, da girls band Rouge com o famoso Asereje que o artista entregou a missão à espanhola Indira Paganotto.
Uma das artistas mais pedidas pelo público não desiludiu e deu uma atuação que para muitos “foi incrível”. No final a DJ espanhola desceu do palco e junto à “front-line” satisfez o desejo de uma “raver” que levou para casa um abraço e uma fotografia com a artista.