Novo festival-conferência teve 50 artistas em 30 locais do quadrilátero cultural minhoto. A versatilidade e poder das vozes femininas foram o destaque do último dia.
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Adelaida, vestida com uma longa saia e blusa de balão numa similitude a Mortícia Addams dos nossos tempos, disse, já a meio da sua atuação, que aquilo que experienciávamos era uma viagem, pelo etéreo, pelo profano, sempre acompanhados de “criaturinhas”, como referiu por diversas vezes. Já voltamos à artista catalã. Para já, uma nota sobre o Square: também este festival-conferência, num todo, é uma viagem. Física, patrimonial, musical, interior e de conhecimentos.
Não foi a primeira vez que Adelaida atuou em Portugal, mas a sua passagem é sempre marcante. É um concerto, mas é mais do que isso. É uma narrativa que nos cativa e que não nos permite abrir a boca ou mover - não vá algum ruído interromper o quase-transe em que a catalã nos coloca.