Uma explosão de energia com Travo e uma noite de verão perfeita com Pluto. O festival da Casa do Povo de Briteiros está a correr bem.
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Depois do fenómeno José Pinhal - Post Mortem Experience, o público do Rock no Rio Febras dispersou. Os fãs das distorções psicadélicas e dos gritos de Travo não são os mesmos que os da banda de tributo. Mesmo assim, o quarteto bracarense aguentou bem a noite com uma performance plena de energia. Com a chegada de Pluto, a multidão voltou a adensar-se.
Travo são uma explosão de energia inclassificável. Às vezes podem ser rock psicadélico, outras, quando Gonçalo Carneiro (guitarra e voz) se atira ao microfone, num grito gutural infindável, a coisa roça o heavy metal. Por vezes, é música de abanar o capacete, noutras ocasiões, é um som para viajar de olhos fechados. O concerto que deram em Briteiros merecia mais gente: muitos aproveitaram para ir comer uma febra.
Por falar em febras: foram cozinhados 460 quilos de carne, 300 quilos de batatas e 200 de cebolas para o caldo verde, além das pataniscas. É tudo feito por voluntários da terra na cozinha da Casa do Povo e transportado para os bares do recinto nas carinhas do apoio social domiciliário. Num festival em que o público não paga bilhete, estas iguarias são importantes, porque é com a sua venda que se gera a receita.
Uma noite maravilhosa
Com a chegada da uma da madrugada, as pessoas começaram a apertar-se à frente do palco. “Tá bonito”, exclamou Manuel Cruz. E estava mesmo. Uma noite com uma temperatura maravilhosa, num espaço amplo, rodeado de árvores, nas margens de um rio, uma gente amante daquela música que se faz com guitarras e bateria. Perfeito. Os Pluto, para celebrar a noite, ofereceram duas músicas novas ao público do Febras.