Taylor Swift bateu rapidamente, sexta-feira, vários recordes de streaming com "The Life of a Showgirl", o novo álbum de canções pop sobre amor, sexo, sucesso - e acerto de contas - que levou os fãs a analisar cada palavra.
Corpo do artigo
A opinião da crítica sobre "Showgirl" variou entre o brilhante e o não impressionado, mas os fãs afluíram às plataformas de música para ouvir as 12 faixas, batendo recordes de streaming no Spotify, Apple Music e Amazon Music. Swift reuniu-se com os "hitmakers" suecos Max Martin e Shellback, para o 12.º álbum de estúdio, e a influência destes especialistas é clara nas batidas e nos ganchos cativantes.
"Não consigo dizer-vos como estou orgulhosa de partilhar isto convosco, um álbum que parece tão certo", publicou a artista de 35 anos no Instagram.
No Spotify e na Apple Music, o álbum tornou-se o mais transmitido num dia em 2025, e na Amazon Music bateu um recorde histórico - ultrapassando um álbum anterior de Swift, "The Tortured Poets Department". O single principal, "The Fate of Ophelia", também bateu o recorde de streaming no primeiro dia de 2025 na Apple Music e na "história do Spotify", afirmaram as plataformas em declarações online.
Embora o álbum ainda apresente muita introspeção, revela agora uma Swift mais leve e alegre: apaixonada pelo noivo campeão da Super Bowl da NFL, Travis Kelce, feliz por ter comprado de volta o seu catálogo de músicas e orgulhosa de digressão Eras, que bateu recordes.
"Só te quero a ti, ter um par de filhos, tê-los todos a parecerem-se contigo... Puseste-me a sonhar com uma entrada de casa com uma tabela de basquetebol", canta ela na sonhadora "Wish List". Em "Opalite", que Kelce disse ser a sua faixa favorita, Swift diz: "Estavas a dançar através dos relâmpagos / Sem dormir na noite de ónix / Mas agora o céu é opalite".
"Costumava ter este medo sombrio de que se alguma vez fosse verdadeiramente feliz e... nutrida por uma relação - o que aconteceria se a escrita se esgotasse?" Swift disse à BBC Radio 1. "E acontece que não é esse o caso". Fãs entusiasmados em todo o mundo compraram bilhetes para sessões especiais de "festa de lançamento" em cinemas - incluindo a estreia do vídeo do single principal "The Fate of Ophelia".
Em Melbourne, os Swifties - muitos vestidos de cor de laranja, a cor caraterística do álbum - estavam entre os primeiros a dançar e a cantar "Showgirl". "Adoro o álbum", disse à AFP Kerry Brookes, 54 anos, gestora informática britânica, que assistia a uma projeção nos subúrbios de Washington.
"Estou apenas interessada em ver o que ela tem a dizer sobre o álbum", disse Brookes, que estava a usar um toucado de showgirl e um boá de penas.
Só tão boa quanto o último sucesso
"Showgirl" representa uma mudança relativamente à música "folk" dos tempos de pandemia de "Folklore" e "Evermore", em 2020, o álbum pensativo "Midnights", em 2022, e a introspetiva música de "Tortured Poets", no ano passado.
Swift disse antes do lançamento que o novo álbum "vem do lugar mais infeciosamente alegre, selvagem e dramático" em que estava na vida. Um pouco desse drama aparece em "Elizabeth Taylor", na qual canta: "Só és tão boa como o teu último êxito, querida." Depois, atira-se à jugular em "Father Figure", uma reinvenção do hit homónimo do cantor pop George Michael, em que espreme a dinâmica do poder no mundo da música.
Pode ser uma mensagem para o fundador da Big Machine Records, Scott Borchetta, que descobriu Swift quando ela era adolescente, e Scooter Braun, que comprou a editora e assumiu o controlo das gravações dos seus primeiros seis álbuns. "Queres uma luta, encontraste-a / Eu tenho o lugar cercado / Vais dormir com os peixes antes de saberes que te estás a afogar", canta.
Os fãs também estão a pensar que "Actually Romantic" é uma "diss track" (música a critiar alguém) que se refere a uma rixa com a cantora pop Charli XCX.
"Showgirl" está disponível em plataformas de streaming. Edições especiais estão à venda nas lojas da cadeia de supermercados Target, incluindo o "Portofino orange glitter vinyl" ou o "summertime spritz pink shimmer vinyl".
Para além do vídeo "Ophelia", as projeções do fim de semana incluem imagens dos bastidores e vídeos com as letras das canções. Estima-se que o evento cinematográfico único arrecade 30 a 50 milhões de dólares, segundo o site da indústria cinematográfica Deadline.
"E agora conheço a vida de uma rapariga de espetáculo, querida", canta Swift na faixa que dá título ao álbum, com a participação da princesa da pop Sabrina Carpenter, que fez a abertura dos espetáculos em algumas paragens da Eras Tour. "Não poderia ser de outra forma".