Taxa de sucesso de 113% em 2023 aumenta expectativa de reforço da verba de 6,7 milhões.
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O Teatro Nacional São João (TNSJ), no Porto, aguarda que o contrato-programa para o próximo triénio implique um reforço da dotação orçamental superior à estimativa anterior.
As negociações entre o teatro portuense administrado por Pedro Sobrado e o Ministério da Cultura, de Dalila Rodrigues, já decorreram, aguardando-se agora que a proposta seja validada pela tutela.
O TNSJ baseia as suas aspirações no relatório e contas do ano passado, no qual a administração do único teatro nacional do Norte do país indicava ter superado as metas estabelecidas no contrato-programa ainda em vigor, com uma “taxa de sucesso de 113%”.
O teatro dirigido por Nuno Cardoso contou, refere o documento, com seis produções próprias, face a quatro definidas no contrato-programa, 30 coproduções (11 acima do previsto) e já tinha atingido “95% da meta de espectadores sem convite”.
Receitas próprias acima de 521 mil euros
No ano passado, o TNSJ teve uma ocupação de sala de 81,5% e gerou receitas próprias acima de 521 mil euros (valor que inclui bilheteira, digressões, ‘merchandising’ e cedências de espaço), mais de 140 mil euros acima do valor contratualizado com o Estado.
A indemnização compensatória, em 2023, foi de cerca de cinco milhões de euros, tendo uma resolução do Conselho de Ministros, em janeiro, estabelecido um aumento desse valor, este ano, para 6,6 milhões de euros, prevendo subidas para 6,7 milhões e 6,8 milhões de euros nos próximos dois anos, respetivamente.
7,3 milhões de euros em 2026
A mesma resolução, publicada em Diário da República, determinava que, “até à entrada em vigor dos contratos-programa, é atribuído a cada uma das entidades, a título de indemnização compensatória pela prestação do serviço público efetivamente prestado, um valor mensal equivalente a um duodécimo dos valores previstos no número anterior para o ano de 2024, até ao limite anual aí previsto”.
O plano de atividades para 2024 estabelecia como metas financeiras o aumento das receitas (incluindo indemnização compensatória e receitas próprias), este ano, para 6,7 milhões de euros, subindo para mais de sete milhões em 2025 e para 7,3 milhões de euros em 2026.