Ambiente de entusiasmo marcou os quatro dias do evento que encheu de cor o Parque das Nações em Lisboa.
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Famílias e amigos estiveram em maioria entre os muitos milhares de visitantes que, nos últimos quatro dias, encheram o Parque das Nações e as suas imediações.
O segmento "O mundo do cosplay" não se limitou ao seu espaço. Foram muitos os visitantes que encarnaram a sua personagem favorita de cinema, anime, televisão. Foi o caso dos amigos Vitória e Mauro, que construíram e vestiram o seu fato cosplay para poder fazer parte deste mundo. "Para mim é o melhor evento do ano, adoro a atmosfera", referiu a jovem, que apesar de se deslocar à Comic Con pela quarta vez, considerou a atual edição "a melhor de todas". Apesar do claro interesse em cosplay, a cultura de Anime, K-pop e a zona Gaming também entusiasmaram os dois amigos.
Nas bancas da "banda de desenhada & literatura", no "geekmarket" e no "artist´s Alleys", os fãs vagueavam pelos corredores com um sorriso rasgado, acompanhando ao vivo os ilustradores, escultores e pintores, fazendo caricaturas, pedindo autógrafos e comprando figuras e objetos de personagens da cultura pop.
O casal Nuno e Daniela também viu no evento uma forma de "comprar coisas que só se adquiriam online e a um preço mais razoável". O principal interesse estava nas t-shirts, posters, objetos de séries, principalmente as armas, a que Nuno chamou "fruto proibido". Daniela também encarnou uma personagem, com a qual procurou transmitir "uma mente aberta e um ambiente acolhedor, onde se compartilham gostos".
Próxima edição na forja
A área de "gaming" foi uma das mais procuradas pelo público, que se aproximava para poder participar nos diversos torneios e competições de jogos que estavam a decorrer. Se ganhassem, no fim recebiam um prémio.
Já no "Creatorshub" os fãs tiveram uma grande oportunidade de conhecer, ao vivo, os seus influenciadores digitais preferidos, que até agora viam através de um telemóvel ou computador. Os criadores de conteúdo tiveram, pela primeira vez na Comic Con, um espaço onde puderam partilhar conhecimento e histórias com os seguidores.
Por sua vez, o "Golden Theatre", o maior palco da Comic Con, encheu para receber grandes personalidades do mundo da televisão e do cinema. Os fãs puderam conhecer vários artistas e em cada uma das sessões, a ânsia por fazer perguntas era visível.
O casal Paulo Batista e Maria do Rosário Sá trouxe os dois filhos à Comic Con pela primeira vez. Participante assíduo das primeiras edições, no Porto, Paulo decidiu vir conhecer o espaço em Lisboa, dando a conhecer aos filhos este mundo. "Gosto de me inteirar também sobre a cultura pop", disse.
Os mais pequenos também não ficaram de fora e encontraram no espaço "Comic-Con Kids", um local para brincar e participar nas atividades e jogos relacionados com programas de animação. "Eu gostei do trampolim e queria fazer, outra vez, as atividades todas", revelou a Joana, de oito anos.
"School of Rock" no futuro do evento
No final dos quatro dias, o CEO da Comic Con, Paulo Rocha Cardoso, contou ao JN que "as pessoas viveram o evento de uma forma incrível, havia uma grande energia". "O universo da cultura pop materializou-se completamente", acrescentou o CEO, destacando que nunca tiveram tantos conteúdos e tão diversificados - foram 900 horas de programação -, abrangendo todo o tipo de público e mundos da cultura pop.
A transmissão do mundial de futebol, "o mundo do cosplay" e o "school of rock" foram os espaços e atividades que tiveram mais afluência do público. O último destaca-se como um "incrível sucesso., com as crianças a tocar os diferentes instrumentos e músicas memoráveis de David Bowie, por exemplo", revelou Paulo Rocha Cardoso.
Ainda não é conhecido o balanço final, a nível estatístico, contudo a perceção é positiva, esperando números elevados.
Quanto à próxima edição, "já está pensada há muito tempo", revelou o CEO. O objetivo é conseguir trazer os convidados que não foi possível trazer este ano e apostar nas áreas que tiveram um grande destaque, tais como, "school of rock", "CreatorsHub", "gaming" e "cosplay". O CEO considera que são áreas que "terão um papel predominante no futuro".