A Ballet do Douro Companhia apresentou, na segunda-feira, um espetáculo com três linguagens diferentes, uma para cada gosto. Veio do Norte a Lisboa para estrear a digressão “Triple Bill” com dança clássica, contemporânea e uma fusão de ambas.
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A apresentação começou por dar vida à coreografia de Marius Petipa, com o bailarino convidado Diogo de Oliveira e Sara Fernández a encantar o público com o “pas de deux” da “Paquita”.
O bailado romântico originalmente criado na Ópera de Paris em 1 de abril de 1846 é um dos favoritos das plateias, pela sua sonoridade de inspiração espanhola conferida pela partitura de Ludwig Minkus.
O aclamado Filipe Portugal regressou aos palcos nacionais com “Canto del mattino”, que funde a dança clássica e a contemporânea, acompanhada de músicos em palco.
A elegância dos bailarinos com movimentos coordenados com o pianista David Silva e o violoncelista David Cruz foram aclamados com palmas incessantes.
Já o “Terra”, que mereceu uma ovação de pé do público, destacou-se pela sua energia tribal e pelos movimentos intensos dos bailarinos.
A música dos Dead Can Dance e a voz hipnotizante de Lisa Gerrard, em uníssono com a coreografia de Sílvia Boga, hipnotizaram a audiência.
A peça do repertório da companhia aborda a crueza e complexidade da natureza, interpretadas pelo corpo humano. Mostra a terra como uma emoção transposta para movimento, com palavras traduzidas em gestos.
A companhia volta a apresentar “Triple Bill” esta terça-feira, no Centro Cultural de Malaposta, às 21 horas. Prossegue depois para digressão nacional, com espetáculos já confirmados no Cineteatro de Estarreja a 8 de março e no Teatro Diogo Bernardes, em Ponte de Lima, a 24 de Abril.