Os comerciantes de Coimbra esperam ansiosamente a chegada dos U2, para os concertos do fim-de-semana. Os horários vão ser adaptados aos espectáculos e o pessoal reforçado. Os lojistas lembram sucessos anteriores, como os Rolling Stones e o Euro-2004.
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À porta do restaurante Jardim da Manga, próximo do edifício da Câmara Municipal de Coimbra, um quadro anuncia que o local estará aberto para refeições no fim-de-semana de 2 e 3 de Outubro. “Sábado é o dia de descanso de pessoal, mas vamos estar abertos. Há que aproveitar estas oportunidades”, justifica o gerente, Francisco Almeida. Por opção, o Jardim da Manga não aceitou reservas para os dois dias, preferindo fazer jantares volantes. Francisco Almeida afirma-se esperançado que apareça muita gente. “Queremos animação para a cidade, para além dos estudantes”, conta.
José Rénio tem uma papelaria na Baixa de Coimbra, onde vende postais alusivos à cidade. No fim-de-semana, ao contrário do habitual, vai estar aberto das 9.30 horas até às 19 horas. “Se depois das 19 vir que ainda anda muita gente na rua alargo para as 22 ou 23 horas”, revela. Apesar de os concertos serem noutra ponta da cidade, José Rénio confia que os fãs da banda irlandesa passem pela Baixa nos dois dias.
Nas imediações do Estádio Cidade de Coimbra, onde Bono Vox e companhia actuam, esperam-se dois dias de muita agitação. André Marques, gerente do café General (a cerca de 500 metros do recinto), vai ter um reforço de empregados, mas não vai alterar os horários. “Vou continuar a fechar às 21 horas, e domingo estaremos encerrados, como de costume”, conta. André Marques recorda o movimento que havia na zona em 2003, no concerto dos Rolling Stones, e um ano depois, nos dois jogos do Europeu de futebol. “Este tipo de eventos trazem sempre muita gente, e já estou à espera de ter muito movimento na sexta-feira (hoje)”, defende.
Mesmo em frente ao Estádio, na pastelaria Vasco da Gama, o gerente Arnaldo Baptista vai estar aberto amanhã e domingo até à meia- noite. “É um acontecimento bom para a cidade, uma forma de repor Coimbra no seu verdadeiro lugar, visto que tem estado emparedada entre Lisboa e Porto”, entende. Prossegue que eventos como os concertos dos U2 são “uma pedrada no charco” para a cidade.