Novo festival da Maia é o único no Norte a dedicar-se à banda desenhada. Termina este domingo, ainda com muito para ver.
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Após três dias bem preenchidos em torno da banda desenhada e do cinema de animação, a primeira edição do Maia BD, que está a decorrer no Fórum da cidade, encerra este domingo ao final do dia.
No local, podem ainda ser visitadas as exposições de Joana Afonso/João Miguel Lameiras, Joana Mosi, Georges Bess, Juan Cavia/Filipe Melo e Marco Mendes, sóbrias na apresentação mas com a mais-valia de exibirem apenas originais, o que permitem apreciar a arte e a forma de trabalhar de cada um dos autores.
Do programa do dia, entre várias apresentações de algumas das oito novidades editoriais lançadas este fim de semana, destaque para a conversa com o francês Georges Bess em torno da sua versão a preto e branco de "Frankenstein", que acaba de ter edição portuguesa, para o concurso de Cosplay, a partir das 16 horas, e para a divulgação do projeto "Um site: Uma Cronologia da BD Portuguesa (1972-2023)", às 17 horas.
Fila para os autógrafos desenhados
Dos acontecimentos de sábado, fica a imagem das filas constantes para os autógrafos desenhados. A temperatura amena que tornou muito agradável o espaço exterior junto ao edifício onde decorreram, e a presença de Bess, do espanhol Canizales e de muitos dos grandes nomes da BD nacional, mostraram como o público do norte estava sedento de um evento deste género depois de anos sem nada similar.
Muitos fãs deslocaram-se ao Mercado do Livro, a decorrer no local, para comprarem esta ou aquela edição, para de seguida irem recolher o seu autógrafo junto do autor.
Essa imagem repetir-se-á hoje, pois para além dos dois artistas estrangeiros, esta tarde marcarão presença do Maia BD Luís Louro, André Lima Araújo, Joana Mosi, Filipe Abranches ou Filipe Andrade, entre outros.
As opiniões até agora recolhidas, junto de autores, livreiros ou simples visitantes apontam como muito positiva esta iniciativa da Câmara Municipal da Maia, com organização da cooperativa editorial A Seita, acentuando o facto de não existir nenhum certame relevante no Norte do país desde o final do Salão Internacional de BD do Porto há mais de duas décadas.