A editora das Publicações D. Quixote, que chancela a obra de Gabriel García Márquez em Portugal, escritor falecido esta quinta-feira, afirmou que esta é a "Crónica de uma morte anunciada", parafraseando um dos muitos títulos do autor colombiano.
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Cecília Andrade afirmou que "foi uma grande perda para a literatura" e referiu que o escritor "fez escola e muitos escritores seguem-lhe o estilo desde esse fabuloso romance que é 'Cem anos de solidão'".
"Uma escola, a do realismo mágico, que não se restringe à América Latina ou ao universo da Língua Espanhol, e que tem seguidores em todo o mundo, incluindo Portugal", disse Andrade sem citar nomes.
As Publicações D. Quixote começaram a publicar os títulos de García Márquez na década de 1980, e tem atualmente "toda a sua obra disponível".
"Amor em tempos de cólera" foi outro título de García Márquez, referenciado pela editora, que gostava que os jovens de 18 anos conhecessem a obra do escritor colombiano.
A morte do escritor Gabriel García Márquez, Nobel da Literatura em 1982, foi anunciada pelo Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos.
"Cem anos de solidão e tristeza pela morte de um dos maiores da Colômbia de todos os tempos", escreveu Juan Manuel Santos, na sua conta, na rede social Twitter.
García Márquez morreu, estq uinta-feira, na Cidade do México, aos 87 anos.
O autor de "Cem anos de solidão" foi distinguido com o Nobel da Literatura, em 1982, e não publicava desde 2010, quando foi dado à estampa "Yo no vengo a decir un discurso" ("Eu não venho dizer um discurso").
"Memória das minhas putas tristes", editado em 2004, é o último livro de ficção de um autor de causas, que nunca escondeu simpatias políticas, nomeadamente pelo regime cubano de Fidel Castro.
O romance sucedeu a "Do Amor e outros demónios", publicado dez anos antes. "Amor em tempos do cólera", "Crónica de uma morte anunciada", "O general no seu labirinto" e "Ninguém escreve ao coronel" são outros títulos emblemáticos do escritor.
Na passada segunda-feira, a mulher e os filhos do escritor colombiano emitiram um comunicado, no qual afirmavam que o estado de saúde do escritor era "muito frágil", havendo "risco de complicações".
Gabriel Garcia Márquez regressara a casa no início do mês, depois de uma hospitalização que durou uma semana, por uma infeção pulmonar.