"Corpo: uma topografia sonora”, nova exposição de Fernando Mota, inaugura esta quinta-feira e estará patente até ao final de setembro no Porto.
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A exposição "Corpo: uma topografia sonora” teve na sua base uma residência do artista Fernando Mota no Parque de Serralves, em torno de corpos orgânicos e não orgânicos.
A mostra tem como antecâmara uma instalação sonora, onde se podem ouvir os pássaros do Parque de Serralves - curiosamente, o artista pensava estar a gravar um pisco de peito ruivo quando percebeu com uma especialista que o alegre solo era de um pássaro chamado tordo-músico.
Dentro do Lagar estão expostos raizeiros de nogueiras e outras árvores, cortadas de Serralves, no fim da sua vida que devem ser tocadas pelo público, ativando uma série de composições musicais compostas por Fernando Mota.
O público pode assistir a vídeos sobre os efeitos sonoros da Natureza, como explicou o artista: "O vento não tem som, só o produz quando encontra obstáculos”. Ou também harpas improvisadas que podem ser tocadas pelos visitantes.
O facto de a exposição ser muito frágil e poder ser manuseada, é para o artista uma mais-valia. Um encontro entre arte, ciência e música.