Uma das excentricidades mais recorrentes das férias é rapar o cabelo, para logo haver um ligeiro arrependimento.
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Se antigamente só rapava o cabelo quem ia para a tropa ou para um convento, agora as motivações são muito diversas. Há quem queira bronzear melhor a cara, sem ficar com o recorte do cabelo desenhado e também há quem não aguente o cabelo comprido colado às costas à base de suor.
Cuidar do cabelo no Verão é também uma tarefa complicada, porque se enreda com a água do mar, porque tem tendência a clarear e até a ficar esverdeado com a água da piscina. Os mais práticos preferem ficar sem cabelo.
Com o tempo livre as pessoas têm mais tempo para se observarem e a queda de cabelo e as ameaçadoras "entradas", sobretudo nos homens, são uma preocupação solucionada com um pente zero que alegadamente fortalecerá o cabelo.
Existem também pessoas que rapam o cabelo porque o têm demasiado grosso e não há maneira de o domar sem que pareça um manjerico. Os cortes de cabelo desastrosos também são muitas vezes um dos factores decisivos para dar o grande passo, uma tesourada que correu mal e a inevitabilidade de ter de acertá-lo todo pela mesma medida.
Também há quem pense que rapar o cabelo pode trazer um novo ciclo de vida, um recomeço, uma libertação de excedentes nefastos. Os muçulmanos fazem-no como um ritual de purificação. Existem algumas pessoas que efectivamente ficam bem de cabelo rapado, mas são uma minoria, até porque ninguém tem uma cabeça tão perfeita como parece com cabelo.
O lado positivo é o dinheiro que poupa em tratamentos capilares e o lado prático, pois não tem de lavar o cabelo, nem penteá-lo, nem prendê-lo. Não tem de passar um calor insuportável e se houver arrependimento ainda há a vantagem do cabelo crescer mais depressa no tempo quente do que no tempo frio.