Despedimentos recentes no Spotify fizeram soar alarmes na indústria. Novos aumentos de preços nas mensalidades e modelos distintos de cobrança são a solução, advogam vários especialistas.
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No mesmo ano em que regressou aos lucros, após perdas consecutivas, a multinacional sueca Spotify anunciou que vai dispensar 17% dos seus funcionários, além de cortar parte dos patrocínios em vigor, como aconteceu em vários festivais franceses.
Os sinais contraditórios traduzem a situação complexa por que passa a indústria musical: se a receita global de música gravada deverá registar no final do ano um índice de crescimento de 7.5% e o streaming de 11%, os atuais ‘players’ do mercado mostram-se incapazes de monetizar o consumo em massa. Trocando por miúdos: se é certo que a música nunca esteve tão (omni)presente no nosso dia a dia – só o Spotify tem 500 milhões de utilizadores mensais –, os valores globais do setor continuam aquém dos registados em 1998.