Histórico festival do Alto Minho acontece entre hoje e o próximo sábado. Limp Bizkit, The Prodigy ou Peaches são os nomes mais flamejantes.
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O mais antigo festival português aponta ao crescimento – não só na duração, apresentando-se este ano em formato de quatro dias, mas também no número de público, sendo objetivo declarado atrair mais 10 mil espectadores do que em 2022, quando se registou uma afluência de 60 mil pessoas. A aparente disparidade de propostas será mesmo o segredo para aumentar a venda de ingressos, segundo a organização, que fala em público “segmentado por dias, de acordo com a sua banda preferida”. Uma diversidade que tem em comum a alta voltagem, do nu metal dos Limp Bizkit ao big beat dos The Prodigy.
Olhando para os últimos anos de Vilar de Mouros, é inevitável encontrar um desvio ao nível dos cartazes. Se as mais recentes edições pareciam clarificar a identidade do certame que remonta aos anos 1960, e que se tornou um marco histórico em 1971, com a aposta em antigas glórias da pop/rock, de Waterboys a Bauhaus, de The Jesus and Mary Chain a Iggy Pop, visando um público maduro e militante, a receita deste ano alarga o espetro musical para eletrónicas mais assumidas (Pendulum ou The Bloody Beetroots), convidando ainda projetos, que não sendo propriamente recentes, como Enter Shikari ou Millencolin, dificilmente se poderão enquadrar na categoria de clássicos, pelo menos para o público português. Assinale-se também, na terceira noite, uma espécie de regresso à edição de 2005, dominada pelo metal sinfónico, com a presença de Within Temptation (que atuaram nesse ano) e Apocalyptica.