O primeiro domingo em que os cidadãos residentes em Portugal puderam visitar gratuitamente os museus tutelados pelo Estado ficou marcado pela forte procura popular.
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Foi o caso do Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, onde, como apurou o JN junto dos assistentes de sala, o fluxo foi tal que as chaves para os cacifos já estavam esgoradas a meio da manhã.
"Já é possível notar mais movimento quando comparado com outros domingos", confidenciou à nossa reportagem a assistente , mostrando-se convencida de uma adesão ainda superior nas próximas semanas, à medida que a iniciativa vá sendo mais divulgada.
Foi o que impulsionou a decisão da família de Maria João Vieira, que aproveitou esta iniciativa para complementar a saída em família. Mãe, filha e avô, souberam através de amigos que este domingo já poderiam visitar gratuitamente o MNSR e não hesitaram em visitar o espaço.
O mesmo aconteceu a Ricardo Campo e Emanuella Silva: “Foi exatamente por o período de entrada livre ter sido prolongado que decidimos visitar o museu. É uma medida benéfica que vem incentivar a cultura e toda a população.”
Francisco de Jesus, 26, de Lisboa, soube por amigos sobre esta medida e admitiu que “quando tiver amigos e familiares a visitar-me já sei que atividades posso planear para o fim de semana”. Francisco gostaria que esta medida abrangesse mais museus e que “na verdade, já deveria existir há mais tempo”.
Se as paredes do MNSR pudessem falar, contar-nos-iam histórias desde 1833. Criado por D. Pedro IV, era conhecido como o Museu Portuense, pois salvaguardava bens sequestrados aos absolutistas e conventos abandonados durante a guerra civil. Atualmente designa-se como “um Museu de pessoas, por pessoas, para pessoas” onde estão expostas obras de vários artistas de renome nacionais.