Festival Iabriu esta quinta-feira e prolonga-se até sábado. Recheado de música portuguesa emergente, o grande artista deste ano é o histórico cantor angolano Bonga.
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Do centro de Freamunde, pertencente a Paços de Ferreira, floresce um festival que este ano se celebra pelo fim de semana da Páscoa adentro, ocupando cinco espaços da cidade. Durante três dias, desde esta quinta-feira, o Walk & Dance incentiva o público a explorar Freamunde ao ritmo de um cartaz repleto de diferentes géneros musicais.
Do indie ao rock, à eletrónica e ao samba, há muita música portuguesa emergente, mas também musicalidades internacionais, com os visitantes a desfrutarem do melhor que a indústria tem a oferecer, enquanto poderão encontrar divertimento em diferentes pontos de referência, com dois palcos exteriores e três interiores.
Dar a conhecer os novos
O primeiro dia começou após o jantar, às 21.45 horas, no Palco Redbox Studios, com a banda Azonga. Como o festival, “que é feito por pessoas de Freamunde”, a banda é composta por membros que “nasceram em Freamunde”, partilha ao JN Catarina Gomes de Sousa, da organização do evento.
Ainda no cartaz desta quinta-feira destaca-se Noiserv, o reconhecido “homem-orquestra”, no Palco Ibérium Cafés, às 22.55 horas.
De uma associação sem fins lucrativos, The New Party Makers, parte assim a vontade de estabelecer aqui o festival. Pelo “amor à terra, que acaba sempre por falar mais alto e também porque é bom sair de outras zonas onde já há muita oferta”, diz Catarina Gomes de Sousa.
Estrategicamente, o Walk & Dance usa a peculiaridade de Freamunde para oferecer outras sonoridades ainda pouco presentes nos festivais nacionais. Por isso, o festival prefere dar palco à música portuguesa emergente, para “dar a conhecer novas bandas, novos géneros musicais com que o público tem pouco contacto”, junta a responsável.
Mas isto sem esquecer a importância de incluir ritmos reconhecidos e até internacionais, para apelar a um público mais abrangente. “Claro que temos de fazer o equilíbrio com nomes sonantes para atrair mais pessoas”, admite Catarina Gomes de Sousa, como, por exemplo, o histórico cantor e compositor angolano Bonga, que atua no sábado depois do jantar.
Já há poucos bilhetes
A verdade é que a fórmula tem resultado e reflete-se na venda de bilhetes: Catarina Gomes de Sousa avançou ao JN que os bilhetes gerais, a 30 euros, já estão esgotados e que há apenas 20 bilhetes diários disponíveis, para cada dia, a 18 euros.
Para o segundo dia, sexta-feira, a festa começa mais cedo, às 18 horas, na Casa das Sebastianas, com um concerto de Mr Bubble e o seu som progressista de música eletrónica, com muitos improvisos improváveis à mistura. Como este espaço, todos os palcos interiores estarão limitados à lotação disponível.
Destacam-se ainda, nesta sexta-feira santa, os muito aguardados Os Overdoses, às 22.55 horas, e logo a seguir o duo indie-pop português Best Youth, às 00.15 horas, ambos no Palco Ibérium Cafés.
À 1.30 horas, é a vez do "power trio" de rock portuense Zen incendiar o ambiente.
A festa só acaba após o espetáculo de rock dos The Ema Thomas, às 2.30 horas, no palco interior da Óptica Pacense.
Bonga é o rei de sábado
Sábado abre com os New Party Makers e fecha, às 2 horas, com Matko Destrokanov, amante de música de pista vindo de Barcelos.
Pelo meio viaja-se, entre outras paragens, até à sonoridade angolana com Bonga no Palco Ibérium Cafés, às 22.30 horas. O histórico cantor angolano, que tem 81 anos, festeja agora 50 anos de carreira.
Outros destaques do cartaz deste sábado do Walk & Dance: O Mau Olhado Trio (17 horas), os Hot Air Balloon (21.30 horas), os Conferência Inferno (23.45 horas) e, já às 00.45 horas, a pista é do Neon Colonialismo.