"Moisturizer”, segundo álbum da banda britânica, já está nas lojas e plataformas.
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Ao segundo disco, as bandas ou se reforçam ou se apagam: é um facto na indústria, este fenómeno, receio ou maldição da sequência após uma estreia de sucesso, de que o novo trabalho não corresponda às expetativas criadas. As Wet Leg estão nesta fase e tudo indica que vão ficar no grupo do reforço: após a edição, em 2022, do muito badalado álbum de estreia homónimo e de digressões ininterruptas — incluindo como banda de suporte de Harry Styles — o quinteto da Ilha de Wight fundado por Rhian Teasdale e Hester Chambers está volta, em força, com “Moisturizer”, música indie-rock para ajudar a refrescar o verão.
Tudo começou há quatro anos com “Wet leg” e “Chaise longue”, primeiros singles das amigas de infância, de 2021, que ajudaram a catapultar o duo para um sucesso quase instantâneo, a incluir vitórias de BRIT Awards, Grammys e a digressão com o novo rei da pop, Styles.
Agora, Rhian e Hester surgem acompanhadas por Ellis Durand (baixo), Henry Holmes (bateria) e Joshua Mobaraki (guitarra, sintetizador), dispostas a superar a prova com um conjunto de canções enérgicas mas harmoniosas, frenéticas mas balançadas, com letras incisivas ou divertidas, com mais espaço ao amor.
Depois da passagem pelo último Primavera Sound Porto, a banda confirma-se como um dos nomes mais irreverentes da atual da cena britânica, voltando a contar com Dan Carey na produção, e a apostar num som que tem também dance-punk e até laivos de pop, sobretudo nos temas mais melódicos e românticos. Singles como “CPR”, “davina mccall”, “Liquidize”, foram desenhados numa casa no litoral em Norfolk, Reino Unido, onde, assumem, “trabalhavam durante o dia e assistiam a filmes de terror à noite”. A explorar o caminho a seguir, o grupo, que é conhecido pelas suas elétricas prestações nos concertos, disse ter um critério essencial: se os temas resultariam em palco, que é onde estão em casa.
Wet Leg
Moisturizer
Domino