
Kurt Cobain faria hoje 52 anos
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Décadas depois da voz de Kurt Cobain ser ouvida pela primeira vez nas ondas de rádio, o vocalista dos Nirvana continua a encantar, mesmo os que ainda não eram nascidos quando morreu.
Cobain nasceu a 20 de fevereiro de 1967 na cidade de Aberdeen, próximo de Seattle, no estado de Washington. Se ainda hoje fosse vivo, faria 52 anos. O músico americano contribuiu para uma mudança no cenário do rock dos anos 1990.
Suicidou-se com 27 anos de idade, a 5 de abril de 1994, levando ao fim imediato dos Nirvana. Meses antes, a 6 de fevereiro, os Nirvana atuaram no Pavilhão Dramático de Cascais, durante a digressão de "In Utero", álbum lançado a setembro de 1993.
Cobain entrou então para o chamado "Clube dos 27", o grupo de músicos que morreu aos 27 anos vítima do uso abusivo de drogas ou álcool e que inclui Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Brian Jones e, mais recentemente, Amy Winehouse.
Desde a sua estreia, a banda Nirvana, bem como o vocalista, venderam mais de vinte e cinco milhões de álbuns nos Estados Unidos, e mais de cinquenta milhões em todo o Mundo.
Entre as suas principais composições, o single "Smells Like Teen Spirit", do segundo álbum dos Nirvana, "Nevermind", foi o responsável pelo início do sucesso global do grupo e do próprio Kurt Cobain, popularizando um subgénero do rock alternativo que a imprensa passou a chamar de "Grunge". Os Nirvana foram considerados a banda "porta-voz da Geração X" e o vocalista, Kurt Cobain, viu-se ungido pelos média como porta-voz dessa geração, mesmo contra a sua vontade. Cobain estava desconfortável com a atenção que recebeu, e colocou todo o seu foco na música da banda, acreditando que a mensagem e a visão artística do grupo tinham sido mal interpretadas pelo público.
Durante os últimos anos de sua vida, o vocalista lutou contra o vício da heroína, doença, depressão, fama e a sua imagem pública, bem como as pressões ao longo da vida profissional e pessoal em torno dele e da sua mulher, a cantora Courtney Love.
O último concerto dos Nirvana aconteceu em Munique, dia 1 de março de 1994. No final de uma atuação desastrosa, em que Cobain perde a voz durante o concerto, é-lhe diagnosticada laringite e bronquite agudas. Nessa mesma noite, o vocalista diz que irá abandonar a banda e a indústria musical.
As circunstâncias da sua morte, por vezes, tornam-se um tema de fascínio e debate. A vida do cantor já foi retratada de várias maneiras e diversas vezes após a sua morte. Do cinema a livros, passando também por documentários televisivos. A primeira foi em 1998, com o documentário "Kurt & Courtney". Depois, em 2005, o filme "Últimos Dias", de Gus Van Sant, que narrava, de forma fictícia, os últimos dias de vida de Kurt, e o documentário "Kurt Cobain - Retrato de uma Ausência", lançado em 2006, que continha entrevistas de amigos, família e do próprio Cobain.
Lançado a 2 de abril, precisamente três dias antes dos 25.º aniversário da morte do ícone, "Serving The Servant: Remembering Kurt Cobain" conta as memórias o vocalista e junta-lhe entrevistas a Courtney Love, ao baixista dos Nirvana, Krist Novoselic, membros da família e amigos de Cobain. O casamento, a filha Frances Bean e a batalha contra a toxicodependência são temas centrais deste trabalho da morte do astro do rock.
