
Salvator Mundi
Leonardo da Vinci
"Salvator Mundi", obra de Leonardo da Vinci está em paradeiro incerto, depois de ter sido arrematada em leilão por 410 milhões de euros.
Em novembro de 2017, o quadro do mestre da Renascença tornou-se na obra mais cara de sempre vendida em leilão. Na altura, houve grande curiosidade à volta do licitante vencedor, que permaneceu anónimo. Só mais tarde foi revelado que se tratava de um representante do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman.
Era suposto que "Salvator Mundi" fosse exibido do Museu Louvre Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, um refinado conjunto museológico que já tem no seu acervo obras de Rembrandt e Vermeer, Monet e van Gogh, Mondrian e Basquiat. Pelo menos assim o anunciou o museu, um mês após o leilão, embora nunca tenha ficado claro como é que a instituição tinha conseguido o acordo para mostrar a pintura do saudita: se por meio de um presente, de um empréstimo ou por venda privada.
O "The New York Times" escreve, este domingo, que os funcionários do Louvre Abu Dhabi dizem não ter conhecimento do paradeiro da pintura. O Louvre de Paris, que licencia o seu nome para o museu de Abu Dhabi, também não conseguiu localizar "Salvator Mundi". O anúncio de que o quadro seria exibido em Abu Dhabi foi uma excelente publicidade para o novo museu, mas a mostra nunca chegou a acontecer. Em setembro de 2018, estava agendada uma exibição, que acabou por ser cancelada sem nenhuma explicação.
Responsáveis pela instituições culturais do governo de França - o Estado francês é o dono do Louvre em Paris - estão ansiosos, garante o jornal norte-americano, para incluir "Salvator Mundi" numa exposição no próximo outono que assinala o 500.º aniversário da morte de Leonardo. Mas alguns especialistas de Leonardo da Vinci dizem estar alarmados com a incerteza sobre o paradeiro e futuro da pintura.
Alguns especulam que o príncipe herdeiro da Arábia possa simplesmente ter decidido mantê-la.
