
Sé de Lisboa
Orlando Almeida/Global Imagens
O Ministério da Cultura decidiu salvaguardar os vestígios de antiga mesquita, encontrados em escavações na Sé de Lisboa.
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Em causa está a descoberta, nas obras de requalificação e restauro do claustro da Sé de Lisboa, de vestígios da antiga mesquita almorávida, do século XII, e a sua exumação, por parte da Direção Geral do Património Cultural (DGPC) que suscitou a crítica do setor, nomeadamente da Associação de Arqueólogos Portugueses e do Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia, assim como pedidos de esclarecimento à ministra da Cultura, Graça Fonseca, por parte de diversos grupos parlamentares.
"A intervenção de Recuperação e Valorização da Sé Patriarcal de Lisboa - Instalação do Núcleo Arqueológico e Recuperação dos Claustros Inferior e Superior, pela sua complexidade e riqueza, foi um processo evolutivo no qual foram já realizadas alterações aos projetos de arquitetura e especialidades de engenharia decorrentes de achados arqueológicos", explicou o Ministério, esta quarta-feira, numa nota enviada às redações.
A tutela diz ainda que, "face aos mais recentes achados arqueológicos, e tendo em conta o valor patrimonial das estruturas descobertas, o Ministério da Cultura decidiu, em diálogo com o Patriarcado de Lisboa, que os mesmos devem ser conservados, musealizados e integrados no projeto de recuperação e musealização da Sé Patriarcal de Lisboa".
Assim sendo, e dado o impasse nas obras, a Ministra da Cultura, Graça Fonseca, deu orientações para que a proposta arquitetónica do núcleo museológico seja adaptada no sentido da sua salvaguarda e valorização "in situ" dos vestígios encontrados, "abandonando a solução de retirada dos vestígios para outro local, proposta que estava prevista inicialmente".
