As cada vez mais comuns e inesperadas vagas de calor obrigam a cuidados tão extremos como as temperaturas. Médico explica quais os sinais de perigo a que se devem estar alerta
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“O calor extremo não deve ser subestimado”. O alerta chega do médico de Medicina Geral e Familiar e especialista em Medicina Estética e Antienvelhecimento como aviso para que todos saibam lidar com as cada vez mais persistentes e fortes ondas de calor e para as quais a biologia está ainda muito longe de estar preparado. Ricardo Moutinho Guilherme lembra, por isso, que “o calor é muito mais do que um desconforto sazonal – é um verdadeiro desafio para o corpo humano”, pelo que repete os cuidados a ter tais como a hidratação, a proteção nas horas de maior calor e, não menos importante, a saber ler os sinais emitidos pelo corpo.
Em tempo de mercúrio elevado, quais os sintomas, as diferenças e os reais perigos de uma desidratação e de uma insolação. O médico detalha:
Desidratação: “Pode instalar-se de forma silenciosa. Boca seca, urina escura, cansaço, dores de cabeça e dificuldade em concentrar-se são alguns dos primeiros sinais. A sensação de sede já é um sintoma tardio: o ideal é ingerir líquidos de forma regular ao longo do dia. Os idosos e as crianças são particularmente vulneráveis à desidratação, pois têm menor capacidade de regulação térmica”, alerta Ricardo Moutinho Guilherme.
Insolação: É mesmo “o perigo real”, avisa o especialista. Está-se diante de “uma emergência médica”. “Ocorre quando o corpo ultrapassa os 40ºC de temperatura interna e já não consegue arrefecer-se naturalmente. Os sinais incluem confusão mental, pele quente e seca (sem transpiração), ritmo cardíaco acelerado, náuseas intensas, tonturas e, em casos graves, perda de consciência. Exige assistência médica imediata, pois pode provocar lesões cerebrais, falência de órgãos e até a morte”.