Blake Lively denunciou Justin Baldoni de assédio sexual, agora é Isabela Ferrer quem apresenta queixa por assédio contra o ator e realizador. O processo interposto pela atriz de 24 anos, e que integrou também o filme 'Isto Acaba Aqui', acusa-o de "uso de táticas de má fé" para fins judiciais
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A atriz Isabela Ferrer, de 24 anos, está a acusar o ator e realizador do filme 'Isto Acaba Aqui', Justin Baldoni, de 41, de usar a influência financeira que tem para a "assediar" e chantagear. Um caso que avoluma a já polémica acusação de assédio sexual interposta por Blake Lively, de 37 anos, em dezembro de 2024, contra o realizador
Segundo avança a imprensa, este novo processo surge depois de os advogados de Baldoni terem pedido a Ferrer que permitisse o acesso às mensagens que trocou com Blake Lively com o propósito de obterem mais provas de defesa contra a atriz. Uma vez que o acesso não foi dado de forma voluntária, os representantes legais do realizador seguiram com pedido em tribunal para exigirem acesso às mesmas. Uma resposta que surgiu depois de Lively, ter notificado Ferrer para ceder provas relevantes para a acusação de assédio sexual.
Apesar de Isabela Ferrer demonstrar querer manter-se distante de ambas partes neste processo, não tem conseguido. Os advogados da jovem atriz consideram agora que a investida de Baldoni configura "uso de táticas de má fé", revestindo-se de "propósitos impróprios e com a intenção de assediar", com o o alegado fim último de condicionar o seu testemunho neste processso por assédios sexual.
Julgamento marcado para março
A polémica denúncia, submetida em dezembro de 2024, vai começar a ser julgada a 9 de março de 2026. Recorde-se que Lively apresentou queixa contra o ator e realizador Justin Baldoni por alegado assédio sexual durante as gravações do filme "Isto acaba aqui". Em janeiro deste ano, o realizador reagiu interpondo uma queixa por difamação e extorsão contra a atriz, exigindo, pelo menos, 400 milhões de dólares de indemnização.
Processo que, em junho deste ano, foi indeferido pelo juiz do Tribunal Distrital dos Estados Unidos em Manhattan. O magistrado Lewis Liman também rejeitou as alegações de Baldoni de que Lively tentou assumir o controlo do filme e da sua promoção. O realizador, recorde-se, tinha também acusado o marido da atriz, Ryan Reynolds, de o ter descrito erroneamente como um predador sexual. Em junho, Baldoni decidiu não reformular esta queixa após rejeição judicial.
Este último semestre tem sido intenso para ambas as partes na recolha de elementos e provas para serem apresentados na barra do tribunal. Em maio, foi tornado público que Justin Baldoni tinha decidido fechar a fundação criada para apoiar causas sociais e, na base da decisão, estariam os elevados custos do processo judicial movido pela atriz.
Avanços e recuos no processo
Em junho, a atriz terá retirado duas reivindicações contra Justin Baldoni, realizador e ator acusado de assédio sexual, e que o imputavam de infligir sofrimento emocional. Advogados de Blake Lively alegavam que o procedimento servia para "preparar o caso para julgamento, simplificando-o e concentrando-o"
O advgado que representa Baldoni, Kebivn Fritz terá solicitado, em carta escrita ao juiz Lewis J. Liman, do Tribunal Distrital dos EUA, Nova Iorque, que fosse emitida uma ordem judicial para que "Blake Lively identificasse os prestadores de cuidados médicos e de saúde mental", podendo depois aceder, mediante autorização, às informações que constassem no processo.
Os representantes de Lively recusaram as exigências e decidiram pela retirada das alegações de sofrimento emocional. Uma decisão que, segundo os causídicos, está a ser usada como "golpe de imprensa", mas que pretende apenas "preparar o caso para julgamento, simplificando-o e concentrando-o". "Eles [os representantes de Baldoni] estão a fazer o que fazem: a procurarem desesperadamente outra cobertura dos tablóides", referiram os advogados de Lively, Esra Hudson e Mike Gottlieb, em comunicado à revista norte-americana People.