Não é a primeira vez que a antiga estrela de cinema vem a terreiro dizer-se antifeminista e opor-se a movimentos como o #MeToo. Agora, em entrevista à estação BFMTV, Brigitte Bardot defende Depardieu, acusado de agressão e má conduta sexual, e Nicolas Bedos, condenado por violência sexual sobre duas mulheres
Corpo do artigo
Eternizou-se como símbolo de libertação sexual e de emancipação feminina, mas há já vários anos que a antiga atriz de cinema Brigitte Bardot se tem posicionado contra o feminismo, tendo-se oposto publica e frontalmente ao movimento #MeToo, que começou com as denúncias de assédio contra o produtor Harvey Weinstein - reunindo testemunhos de mulheres atrizes abusadas pelo produtor –, e que correu mundo.
Esta segunda-feira, 12 de maio, Brigitte Bardot volta a quebrar o silêncio e, em entrevista à estação francesa BFMTV, reitera a sua posição antifeminista e defende colegas atores acusados e condenados por agressão sexual. “Feminismo não é minha praia. Gosto de rapazes”, afirmou a estrela francesa, citada em múltiplos media franceses. Bardot, avança o jornal Libération, acredita que “os que têm talento e põem as mãos no rabo de uma rapariga são relegados para o fundo do poço. (…) Já não podem viver”.
Declarações que surgem numa altura em que o ator Gérard Depardieu aguarda sentença, que deverá ser conhecida esta terça-feira, 13 de maio, por agressões sexuais exercidas, como referiu o procurador por vítimas que eram "mulheres em posição de inferioridade social".
O Ministério Público francês pediu, em março,18 meses de prisão com pena suspensa para Gérard Depardieu, que está a ser julgado por agressões sexuais, com a defesa a requerer a absolvição, denunciando uma organização para derrubar o ator francês. Recorde-se que o ator esteve a filmar nos Açores num filme que está a ser apoiado pelo
Em outubro, também o ator e realizador francês Nicolas Bedos foi condenado, como recorda a imprensa, a um ano de prisão, incluindo seis meses de suspensão, por agressões sexuais a duas mulheres, em 2023.