Será possível conseguirmos ser bem sucedidos sem termos de puxar os outros para baixo? Sim, não só é possível, como desejável, mesmo numa sociedade competitiva que parece por estes fatores em oposição. Livro explica como fazer em 12 atitudes
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“Aprendemos que temos de vencer na vida e que, para vencer, temos muitas vezes que esquecer a bondade. Mas isso não é verdade”. Quem o diz é o autor do livro O prazer de (não) se estar nas tintas, da editora Pergaminho, e que defende a prática do kindfullness.
David Hamilton explica que o mindfulness pode estar a “separar-se da sua antiga vibração espiritual, perdendo algum desse conceito de 'ser agradável para toda a gente”, sendo por isso necessário recuperar os conceitos originais. O autor fala por isso em kindfulness, que apela aos valores da bondade. Sem este “chip, a midfulness pode, por vezes, virar-se contra nós”, fazendo com que “algumas pessoas possam acabar por não ser tão boas pessoas”.
Nesse sentido, no livro agora publicado o autor explica os benefícios da bondade para a saúde de quem a pratica e deixa dicas que todos possam ser – e ensinar – a sua melhor versão. De entre as recomedações, Hamilton deixa 12 “pensamentos” possíveis que prometem conciliar o êxito pessoal com o encaminhamento dos outros, sem ter de os puxar para trás.
Para o autor, redefinir a palavra ganhar é prioritário: “Não temos de ver o nosso sucesso como sendo a derrota dos outros, também se pode ter sucesso e ao mesmo tempo ajudar os outros”, escreve no seu livro .
Hamilton recomenda a empatia, a sinceridade, a generosidade e o exemplo. Pede ainda para que as lutas sejam bem escolhidas porque “nem tudo em que estamos em desacordo é um duelo ao amanhecer”, lê-se na obra.
“Ganhar às custas de uma relação pode ser uma vitória oca, enquanto manter as boas relações acabará por criar oportunidades no futuro”, esscreve. Hamilton lembra que a “integridade é, a longo prazo, mais valiosa e respeitada do que qualquer vitória” e que “dois vencedores são melhor do que um só”.
Reconhecer o erro é um passo importante no kindfulness, a par da gratidão e da capacidade de felicitação de quem ganhou.