Ver colegas mais antigos à procura de emprego impulsiona os mais novos na busca ativa de novas oportunidades e progressiva desistência da empresa na qual se está. Descoberta encaminha empresas para novos caminhos e para soluções que excluam a perda de mão de obra, e até aponta uma possível solução
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Manter as equipas coesas e funcionais e os trabalhadores mais bem preparados nos quadros tem sido tarefa difícil para as empresas.
O desejo de demissão e a busca ativa de novas oportunidades por parte dos funcionários podem estar a fazer crescer nos colegas recém-chegados igual vontade, indicando que a desistência da empresa na qual se trabalha pode ser... contagiosa.
Estudo analisou comportamentos de 650 pessoas acabadas de serem contratadas e traz novas perspetivas para empresas que queiram reter os seus recursos humanos e apostar numa melhor gestão estratégica. "Se as empresas ouvirem as preferências de localização dos funcionários durante o processo de contratação e promoverem uma experiência positiva no grupo, é provável que consigam reduzir os riscos de rotatividade”, analisa o professor assistente da Universidade do Sul da Flórida, no norte-americano Muma College of Business, e investigador principal do estudo.
Para Amit Chauradia, as conclusões destacam a “necessidade de uma melhor gestão estratégica de grupos para melhorar a retenção de talentos” e que estes, mesmo tentados a partirem, podem ser ‘convencidos’ a ficar se houver uma forte preferência pela localização geográfica da organização ou que esta tenha soluções para tal.
Os investigadores lembram que estas conclusões devem levar responsáveis de recursos humanos a olharem mais para a gestão de grupo e não tanto para conjuntos de indivíduos que trabalham lado a lado, promovendo a integração de recém-chegados e aumentando a probabilidade de permanência destes nas empresas e a longo prazo.