O sul de França vai ter de dizer adeus aos ‘naked desses’, às transparências e vestidos volumosos. As regras do ‘dress code’ do festival de Cinema de Cannes, conhecidas na véspera do início do certame, esta terça-feira, 13 de maio, estão ainda mais cintadas, e devem durar até 24 deste mês
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Há dois anos arredaram os telemóveis, os ténis e os chinelos da passadeira vermelha do Festival de Cinema de Cannes. Este ano, com o certame a abrir portas já esta terça-feira, 13 de maio, a organização comunica que, “por questões de decência, a nudez é proibida na red carpet, bem como em qualquer outro espaço do Festival”, refere o site do certame.
Nesse sentido, os vestidos mais transparentes ou mesmo mais sugestivos estão em risco de ficarem bem longe do sul de França. Mas não são os únicos. “Não são permitidos trajes volumosos, principalmente aqueles com cauda grande, que dificultem o bom fluxo do tráfego de convidados e compliquem a presença no teatro”, lê-se na mesma plataforma dedicada a perguntas e respostas frequentes, e que indica que as equipas de acolhimento do festival “serão obrigadas a proibir o acesso à red carpet a quem não respeite estas regras”.
A organização vinca, assim, que “para as sessões de gala do Grand Théâtre Lumière, que decorrem entre as 19h00 e as 22h00, e que contam com a presença das equipas artísticas, é obrigatório o traje de noite (vestido longo, smoking)”.
Estão ainda previstas opções como o célebre little black dress (vestidinho curto negro), de cocktail, fato de cor escura, top elegante com calças preta, sapatos e sandálias elegantes com ou sem salto”.
A 78.º edição do certame, que vai decorrer até 24 de maio, vai contar com um júri presidido pela atriz francesa Juliette Binoche.
A atriz de 60 anos sucede à realizadora de "Barbie", Greta Gerwig, que foi presidente no ano passado. Esta última atribuiu a Palma de Ouro ao filme americano "Anora", de Sean Baker.
"Pela segunda vez na história do festival, duas mulheres artistas passam o prestigioso testemunho" de presidir ao júri, sublinham os organizadores num comunicado de imprensa, citado pela agência France-Presse (AFP). A primeira foi nos anos 60, quando Sophia Loren, ícone do cinema italiano, substituiu Olivia de Havilland ("E Tudo o Vento Levou").