Atriz condena elementos da extrema-direita que atacaram o ator Adérito Lopes quando este estava a caminho da peça de teatro, na noite de terça-feira, 10 de junho, em Lisboa. Luísa Ortigoso lembra que agressão com mensagens neonazis teve lugar “30 anos após o homicídio de Alcindo Monteiro”
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“A violência dos cobardes. No dia em que passam 30 anos do homicídio de Alcindo Monteiro.” Palavras da atriz Luísa Ortigoso, que junta a sua voz à condenação do ataque de que foi alvo o ator Adérito Lopes, à porta do teatro onde ia atuar, na noite de terça-feira, 10 de junho. A atriz junta o seu testemunho e voz “à solidariedade com o Adérito Lopes e A Barraca”.
Recorde-se que na noite de 10 de junho, feriado nacional, o intérprete foi "violentamente atacado" por elementos de extrema-direita, quando chegava ao teatro, em Santos, Lisboa, para subir a palco com a peça Amor é Fogo que arde sem se ver.... Maria do Céu Guerra, atriz e encenadora da peça, testemunhou à RTP que, após o ataque, foi deixado num local um panfleto que dizia "Portugal aos portugueses" e "defende o teu sangue", tendo a encenadora, de 82 anos, associado o caso a uma manifestação de apoio ao neonazi Mário Machado, recentemente preso.
Fonte da PSP adiantou à Lusa que foi chamada pelas 20.15 horas ao Largo de Santos por "haver notícia de agressões", após ter sido contactada por um homem de 45 anos, que "informou que, ao sair da sua viatura pessoal, foi agredido por um indivíduo".
A PSP, com as características do eventual suspeito fornecidas pelo ofendido e por um seu amigo, encetou várias diligências nas ruas adjacentes ao Largo de Santos, tendo sido possível localizar e intercetar um homem com 20 anos, suspeito de ser o autor da agressão, adiantou a mesma fonte.