No ano passado, nasceram 49 bebés em que as mães tinham já superado os 50 anos, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística. A maternidade mais tardia acentua-se: parturientes de quase 1/3 dos bebés nascidos em Portugal tinham entre 30 e 34 anos. No ano passado, o número de partos caiu face a 2023
Corpo do artigo
A maternidade chega cada vez mais tarde. Em 2024 nasceram 49 bebés de mãe com idades acima dos 50 anos, o que representa um aumento de oito vezes face a 2003, ano em que foram registados seis casos.
“No mesmo período, a proporção de partos de mães dos 35 aos 39 anos passou de 14% para 24%”, indica o estudo Estatísticas dos Partos revelado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), nesta quarta-feira, 18 de junho. Contas que revelam que ¼ das mães que tiveram bebés no ano passado já tinham mais de 35 anos e menos de 39. Esta faixa etária teve, aliás, mais bebés nascidos do que os registados junto de progenitoras com idades entre os 20 e os 24 anos.
A faixa etária que teve mais filhos no ano passado é a que compreende mulheres dos 30 aos 34 anos, com 1/3 do total de nascimentos em 2024.“No mesmo ano, ocorreram 20 partos de parturientes com idades compreendidas entre 10 e 14 anos”
As cesarianas continuam a subir no país. No último caso, representaram, em 2023, “37% dos partos realizados em hospital”, ou seja, mais de 1/3 do total. Importa ainda vincar que, neste ano, os hospitais públicos foram responsáveis por cerca de 30% dos partos com recurso a cesariana. Nos privados, o valor foi de 81,5% dos partos implicaram a "realização de cesariana ou recurso a instrumentos de apoio como fórceps e ventosas".
O número de gémeos nascidos também demonstra aumento que acompanha a subida da idade das mães. Quatro em cada dez (40%) “partos gemelares ocorridos em 2024 respeitavam a mães com 35 ou mais anos, enquanto a proporção dos partos simples nas mesmas idades foi de 32%”, lê-se no documento do INE.
As Estatísticas dos Partos resultam da recolha e tratamento de informação estatística sobre o número de partos ocorridos no país. O INE indica que os dados têm por base as estatísticas vitais, utilizando para este fim a informação sobre nados-vivos e fetos-mortos.