Começou a cantar ainda jovem e cumpriu uma carreira musical com mais de 50 anos. Fadista Maria da Nazaré morreu aos 79 anos e Sara Correia deixa sentida homenagem
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“É um dia muito triste para todos. Minha Maria, sei que fiz a minha parte”. A frase da fadista Sara Correia homenageia Maria da Nazaré, que morreu esta sexta-feira, 4 de julho, aos 79 anos. “Vou lembrar-te todos os dias, adoro-a com todas as forças. Um dia cantaremos novamente juntas”, acrescentou.
Maria da Nazaré Martins foi um dos nomes do fado, tendo começado a sua carreira bem cedo. Em 1963, aos 17 anos, já fazia parte do elenco da antiga Emissora Nacional, atuando no programa “Serão para Trabalhadores”, organizado pela então Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho (FNAT), atual Fundação Inatel, e em espetáculos realizados por todo o país.
Somaram-se depois mais de 50 anos de carreira pontuados com momentos altos como a Grande Noite do Fado de Lisboa - certame que venceu por duas vezes -, o Prémio Amália/Melhor Intérprete, que recebeu em 2013, e o prémio Carreira, da casa da Imprensa, em 2003. A fadista fez parte dos elencos das casas de fado Lisboa à Noite, O Embuçado, Senhor Vinho, Clube do Fado ou Bacalhau de Molho ou o Arreda, em Cascais.
Nascida a 9 de fevereiro de 1946, no Barreiro, distrito de Setúbal, veio viver para Campo de Ourique, em Lisboa, ainda pequena. Morreu esta madrugada de sexta, em Corroios.