Entre o louro e o moreno, a atriz Nicole Kidman juntou as duas cores num corte de cabelo tendência - o 'mullet' - e impressionou na mais icónica gala de moda, esta segunda-feira, 5 de maio, a partir de Nova Iorque
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Nicole Kidman regressou este ano à Gala do Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, com um vestido Balenciaga inspirado no legado do designer basco, mas com um visual dramaticamente diferente do habitual.
Distante dos seus longos cabelos claros, a estrela do filme Babygirl pisou a passadeira azul-celeste dos “Óscares da Moda”, esta segunda-feira, 5 de maio, com um ousado corte de cabelo 'mullet' puxado para trás, mas com um twist: a duas cores, estando mais escuro mais perto do couro cabeludo e alourado nas pontas.
“Queria celebrar o tema [da MET Gala] ddeste ano homenageando os 'dandies' e a sua individualidade, elegância e confiança – onde cada detalhe é adaptado a essa pessoa única”, justificou o hairstylist da atriz, mas redes sociais. Adir Abergel considera que o look escolhido “foi um atalho sob medida que trouxe à tona a essência do Dandismo em Nicole Kidman”.
Resta, para já a dúvida, de que Nicole Kidman tenha mesmo cortado o cabelo. A imprensa norte-americana admite que tal não tenha acontecido dado o uso recorrente de perucas cada vez mais realistas por parte da intérprete, permitindo a recriação inesperada e ousada de looks em múltiplas passadeiras vermelhas.
Quem também surpreendeu com um visual radical foi Pamela Anderson. A atriz cortou os longos cabelos louros e optou por corte de cabelo pelo queixo e as franjas compridas encolheram e estão agora bem micro. A atriz Pamela Anderson volta a surpreender e surge quase irreconhecível na passadeira da MET Gala, que teve lugar nesta segunda-feira, 5 de maio, em Nova Iorque.
Recorde-se que, este ano, o tema escolhido para a MET Gala girou em torno do livro de Monica Miller, curadora convidada e professora da Barnard, Slaves to Fashion: Black Dandyism and the Styling of Black Diasporic Identity. Uma obra de 2009 que veio revelar como o dandismo foi um estilo imposto aos homens negros na Europa do século XVIII, quando os criados “dandificados” e bem vestidos se tornaram uma tendência. Durante o renascimento do Harlem, das décadas de 1920 e 1930, como conta a agência noticiosa AFP, os homens usavam fatos elegantes e sapatos polidos como uma demonstração de resistência na América racialmente segregada. A exposição Superfine, do Costume Institute, vem agora dar destaque aos homens e à moda masculina e é a primeira a centrar-se em designers e artistas negros.
A festa anual da moda mais aguardada é também um momento de angariação de fundos para o Costume Institute. Ter acesso a um lugar neste privilegiado momento custava, em 2024, 75 mil dólares e uma mesa completa custava 350 mil dólares, como avançou o jornal New York Times. No ano passado, foram angariados cerca de 26 milhões de dólares.