Houve cor, prémios, recados ao governo e sofisticação em noite de gala no Casino Estoril, em Lisboa, no domingo, 27 de abril, mas o tom preto ganhou preponderância, que o digam as atrizes Sara Matos, Maria João Bastos e Mariana Monteiro
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Antes da noite de vitória do filme Grand Tour, que arrecadou três galardões Sophia, e de pedidos ao próximo governo para que não se esqueça de apostar no Fundo de Turismo [Fundo do Apoio ao Turismo e ao Cinema] e para que os estrangeiros filmem em Portugal, a passadeira vermelha dos prémios Sophia tingiu-se de várias tonalidades, com predomínio do preto. Entre as embaixadoras de estilo, destaque para as opções elegantes feitas pelas atrizes Sara Matos, Maria João Bastos e Mariana Monteiro.
A cerimónia, que teve lugar no Casino Estoril, na noite de domingo, 27 de abril, reuniu as estrelas nacionais da sétima arte, bem como das equipas de produção que as compõem, para aplaudir os vencedores do ano.
Mas antes de seguir para as vitórias, veja na galeria abaixo as escolhas feitas para a red carpet deste evento anual.
O realizador do filme Grand Tour, Miguel Gomes, subiu ao palco para receber os galardões de Melhor Filme, Realização e Montagem na gala dos Prémios Sophia e aproveitou o momento para sair em defesa do cinema português, nomeadamente o reforço dos sistemas de apoio financeiro ao setor, que “os atrasos do ICA [Instituto do Cinema e Audiovisual] não prejudiquem os próximos anos]" e que a RTP “não desista do cinema português”.
A produtora Filipa Reis, também de Grand Tour, deixou um recado ao próximo executivo que sair das eleições Legislativas de 18 de maio. “Um pedido ao próximo governo para que não se esqueça da importância do Fundo de Turismo [Fundo do Apoio ao Turismo e ao Cinema], para que os estrangeiros filmem as nossas paisagens, mas para que os nossos filmes levem o que por cá se faz ao resto do mundo”, afirmou a produtora citada pela agência Lusa. O realizador Miguel Gomes saiu em defesa do cinema português, nomeadamente o reforço dos sistemas de apoio financeiro ao setor, que “os atrasos do ICA [Instituto do Cinema e Audiovisual] não prejudiquem os próximos anos]" e que a RTP “não desista do cinema português”.
Nos prémios Sophia, O Pior Homem de Londres, de Rodrigo Areias, venceu quatro galardões, para Melhor Guarda-Roupa (Susana Abreu), Direção de Arte (Ricardo Preto), Maquilhagem e Cabelos (Bárbara Brandão e Natália Bogalho) e para Melhor Ator Principal, pela interpretação de Albano Jerónimo. Ainda na interpretação, Rita Cabaço venceu o prémio de Melhor Atriz Principal por O Vento Assobiando nas Gruas, Teresa Madruga e João Arrais venceram nas categorias de representação secundária por O Teu Rosto Será o Último e Revolução (sem) Sangue, respetivamente.
O já premiado Percebes, de Alexandra Ramires e Laura Gonçalves, levou o Sophia de Melhor Curta-Metragem de Animação, e Verdade ou Consequência, de Sofia Marques sobre o encenador e ator Luís Miguel Cintra, venceu o prémio de Melhor Documentário.
Entre outros prémios atribuídos nos Sohpia, a produção Matilha, de Edgar Medina com realização de João Maia, e exibida na RTP, foi eleita a melhor série televisiva. Este ano, o prémio Sophia Estudante foi para a curta-metragem documental Rogéria, com o realizador Salvador Gil a dar vivas à liberdade e à comunidade cigana. O filme conta a história de discriminação e resistência de Rogéria Maia, mulher cigana.
O produtor Paulo Branco, que produziu para nomes como Manoel de Oliveira, Fernando Lopes, Wim Wenders e David Cronenberg, recebeu um prémio Sophia de carreira da Academia Portuguesa de Cinema.