Pegar nas malas e, durante um ano, andar por todos os países da Europa com o intuito exclusivo de ver jogos de futebol no campeonato principal de cada um deles. Para os mais apaixonados, uma aventura merecedora de todos os esforços e mais alguns. Para os que pensam que 40 anos já é idade suficiente para ter juízo, uma loucura sem ponta por onde se lhe pegar. Seja como for, Matt Walker fez-se ao sonho. E só lhe faltam 40 países...
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Fevereiro deste ano ainda era uma criança quando este funcionário do Ministério da Justiça de Inglaterra pegou num mapa e começou a traçar itinerários e construir rotas. A ideia nasceu-lhe quando lia o livro "Stamping Grounds", de Charlie Connelly. Sendo um analista de dados, Matt Walker logo se atirou aos calendários e tratou de fazer contas para tentar perceber se a ousadia tinha pernas para andar. Tinha, sim senhor. Mesmo que, devido ao Mundial de 2018, a maioria dos campeonatos terminasse mais cedo. Mas também, verdade seja dita, Matt está bem calejado para aventuras do género. Já assistiu a Campeonatos da Europa, a dois Mundiais e até atravessou o Mediterrâneo de propósito só para ver uma Taça das Nações Africanas. Também já passou pela Birmânia, pelo México ou pela Etiópia.
Conciliar viagens é parte da logística indispensável para completar a odisseia em pouco mais de 40 semanas, mas o plano de Matt Walker também contempla um orçamento contado ao cêntimo de maneira a que nada falhe. Em média, tem 18 euros para os 55 bilhetes e muitas vezes tem que voltar ao ponto de partida, ou seja a Inglaterra, devido à falta dos voos que lhe fazem jeito nos países onde está. Também porque a ideia passa por evitar a confusão das capitais.
Foi em junho que o périplo começou. A Geórgia, onde Matt assistiu a Dila Gori-Lokomotiv Tbilisi, com apenas 200 pessoas nas bancadas de um estádio com capacidade para 25 mil, foi, de acordo com um site criado propositadamente para relatar a aventura, o primeiro de 15 países já vistos por este adepto do Fulham.
Se tudo correr bem, a aventura, que também passará pelo Liechtenstein - não tem campeonato mas está filiado na UEFA -, terminará nos Balcãs e, depois, dará origem a um livro. E que livro!