O treinador José Gomes diz que a qualidade dos jogadores portugueses só será potenciada com outro tipo de abordagem ofensiva.
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"Portugal dominou a primeira parte, recuperou rapidamente a bola, mas faltou paciência na circulação. Na segunda, o jogo foi previsível e nem a sorte no autogolo que deu o 1-1 trouxe melhorias. Francisco Conceição e Pedro Neto ainda entraram a tempo de construir o lance da vitória.
Como começou?
A resposta a esta questão está no que foi demonstrado por Portugal: domínio absoluto, controlo total da bola, jogo instalado no último terço, fortíssima transição defensiva que permitia recuperar rapidamente a posse. A Chéquia não conseguia sequer esboçar qualquer ideia de jogo porque estava sob o jugo da seleção portuguesa. Faltou em muitos momentos paciência na circulação e esperar que um dos movimentos de rutura, sobretudo de Rafael Leão e de Ronaldo, tivessem uma bola que os encontrasse.
O que mudou?
O que deveria ter mudado logo ao intervalo e não aconteceu provocou um desnecessário sofrimento. O golo da Chéquia foi um banho gelado e as substituições de Portugal, que já estavam a ser preparadas, não resolveram o problema. Mudaram os jogadores, mas as posições ficaram iguais e o jogo tornou-se mais previsível. Valeu o golpe de sorte com o autogolo que deu o empate, mas nada mudou até aos 90 minutos.
O que fez a diferença?
Pedro Neto trouxe vivacidade, como se viu na jogada que resultou na assistência para o golo de Francisco Conceição. Estes dois jogadores fizeram a diferença. Fica a nota e que sirva de lição para os próximos jogos: a qualidade e inteligência dos nossos jogadores só poderão ser potenciadas com uma clara dinâmica de ataque e um envolvimento coletivo à sua volta".