Depois do apito final na vitória categórica (5-0) do PSG sobre o Inter de Milão, na final da Liga dos Campeões, os franceses fizeram a festa, mas não esqueceram a filha do treinador Luis Enrique, Xana Martínez, que morreu em 2019 com um cancro.
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Noite de mão cheia consagra inédito título europeu do PSG
O Paris Saint-Germain traduziu hoje uma exibição de 'gala' numa goleada de 5-0 ao Inter Milão, o resultado mais desnivelado numa final da Liga dos Campeões de futebol, que valeu aos franceses a primeira conquista da competição.
Protagonistas de um futebol assente na posse da bola e na simplicidade de processos, os jogadores comandados por Luis Enrique, técnico que já tinha vencido a 'Champions' em 2015, pelo FC Barcelona, dominaram o encontro desde o primeiro segundo e começaram a desfazer a organização defensiva italiana ao cabo de 12 minutos, num golo do lateral Hakimi.
Também competente na hora de atacar em velocidade, o PSG dilatou o resultado aos 20, num contra-ataque concluído por Doué, extremo gaulês de 19 anos em processo de afirmação, que viria a 'bisar' aos 63, a passe de Vitinha, em mais uma transição rápida.
A pontaria de Kvaratskhelia, aos 72 minutos, e do recém-entrado Mayulu, aos 86, elevaram à goleada um desempenho a 'roçar a perfeição', que vale ainda o primeiro título europeu de clubes a quatro internacionais portugueses: Nuno Mendes, Vitinha, João Neves, todos titulares, e Gonçalo Ramos, suplente utilizado.
Depois da vitória do Marselha, em 1993, o PSG tornou-se a segunda equipa francesa a vencer a principal competição europeia de clubes, com uma prestação 'categórica' na fase a eliminar, depois do 15.º lugar na fase de liga, modelo competitivo estreado nesta época.
A equipa parisiense apoderou-se da bola desde os primeiros segundos e circulou-a, com Vitinha a recuar até à linha defensiva para 'assumir a batuta' da manobra atacante e a 'inventar' o lance que quebrou a resistência dos 'nerazzurri', muito compactos a defender no início.
Dispostos num sistema tático '3-5-2', os transalpinos juntaram a linha média e a linha mais recuada na hora de defender, mas o PSG encontrou espaço para remates de longe, por Doué, aos 10 minutos, e Dembelé, aos 11.
Num lance de aparente simplicidade, Vitinha desequilibrou a retaguarda italiana com um passe preciso, a desmarcar Doué, que, por sua vez, foi lesto a colocar a bola no 'coração' da área para o desvio 'fácil' e certeiro do internacional marroquino.
Após um primeiro quarto de hora sem qualquer aproximação à baliza de Donnarumma, também pela incapacidade em se libertar da pressão exercida pelo trio intermédio do PSG, a equipa de Simone Inzaghi avançou no terreno e foi 'castigada' pela ousadia.
Além da paciência na hora de gerir a bola, os parisienses também se mostraram eficazes no contra-ataque: após a progressão de Kvaratskhelia pela esquerda, Dembelé colocou a bola no outro corredor para o remate de Doué, que ainda tabelou em Dimarco, 'traindo' Sommer.
O conforto do resultado deu ao PSG margem para abrandar o ritmo e gerir a partida com sucessivas trocas de bola, mas sem deixar de 'espreitar' a baliza milanesa, como se viu nos descontos da primeira parte, em duas tentativas de Kvaratskhelia.
Vencedor da prova em 1964, 1965 e 2010, o Inter resumiu as ameaças nos primeiros 45 minutos a dois cabeceamentos na sequência de cantos batidos por Çalhanoglu: Acerbi, aos 23, e Marcus Thuram, aos 37, elevaram-se acima dos restantes jogadores na área, mas falharam o alvo.
Mais pressionante após o intervalo, o conjunto transalpino atacou a baliza de Donnarumma com mais elementos, mas também concedeu mais espaços, aproveitados por Kvaratskhelia e por Dembelé para ameaçarem o terceiro golo.
Os gauleses reencontraram o caminho do 'golo' numa combinação entre Dembelé, Vitinha e Doué, que rematou fora do alcance de Sommer.
Com o Inter desprovido de energia para esboçar qualquer reação na última meia hora, o PSG controlou todos os momentos do jogo e chegou à goleada, entre uma 'mão cheia' de ocasiões desperdiçadas.
O internacional georgiano Kvaratskhelia fez o 4-0 com um remate 'seco' após se isolar pela esquerda, antes de Mayulu sair do banco de suplentes aos 84 minutos e fixar o resultado dois minutos depois, após combinar com Barcola.
Superior em toda a linha, o PSG também 'arrasou' a última esperança de o Inter conquistar um título em 2024/25, depois de as vitórias no campeonato e na Taça de Itália terem estado ao alcance, rumo a um possível 'triplete'.