No jogo Aldeia Nova-Sp. Cruz, um jogador da equipa da casa torceu o pescoço e perdeu os sentidos. O árbitro acalmou o irmão no relvado e o pai das duas crianças não tem dúvidas: "Nunca mais insulto um árbitro, nem que o Benfica perca contra o F. C. Porto"
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Uma queda de cabeça de Gonçalo Lima, jogador do Aldeia Nova, provocou uma grande aflição no jogo com o Sp. Cruz, da Série 3 da 2.ª Divisão de Juniores B da Associação de Futebol do Porto. O futebolista torceu o pescoço e chegou a perder os sentidos, obrigando uma equipa do INEM a intervir para mobilizá-lo e conduzi-lo, depois, até uma unidade hospitalar.
"Estava com tantas dores que acabou por desmaiar e só tenho de agradecer ao Yuri, guarda-redes do Sp. Cruz, que será, certamente, um grande ser humano no futuro, porque foi o primeiro a assisti-lo e esteve sempre ao lado do meu filho, até no balneário", contou, ao JN, Feliciano Lima, pai de Gonçalo e delegado ao jogo do Aldeia Nova.
Mas as atenções acabaram por recair no irmão, Gustavo, de 4 anos, que ao ver Gonçalo em sofrimento teve uma crise de choro e não queria abandoná-lo, até que Diogo Rocha, árbitro auxiliar daquele jogo, desafiou a criança a ir marcar uns penáltis na baliza mais distante da ambulância para o tirar daquele ambiente aparatoso criado pela assistência do INEM.
"Chorei agarrado ao árbitro pelo gesto que teve. Merecia um cartão branco", confessou o pai. "Mesmo depois de uma atitude destas, há sempre quem não compreenda. Não deixei de ouvir uma boca, dizia que não era muito bonito ver o árbitro jogar ao intervalo com crianças da outra equipa", lamentou o árbitro assistente Diogo Rocha, ao JN. "Nunca fui muito de insultos, porque sou diretor do Aldeia Nova e sei como é que as coisas são no futebol, mas nunca mais insulto um árbitro, nem que o Benfica perca contra o F. C. Porto", brincou, Feliciano Lima.