Maior aposta dos clubes nas camadas jovens tem ajudado a fabricar melhores jogadores nos países escandinavos e Portugal ganha com isso.
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Há cada vez mais quantidade e qualidade: os jogadores nórdicos estão muito presentes nos principais campeonatos europeus e Portugal não é exceção, com Gyokeres (Sporting), Aursnes (Benfica) e Gul (F. C. Porto), entre outros, a darem que falar. Para tentar perceber o fenómeno, o JN falou com entendidos no futebol norueguês, dinamarquês e sueco e chegou à conclusão que a maior profissionalização dos clubes na última década, a aposta nas camadas jovens e na formação de treinadores explicam, em parte, o sucesso.
Antigamente nos países da Escandinávia, o futebol parava entre novembro e março por causa do frio, mas agora com o melhoramento das infraestruturas, sobretudo nos relvados sintéticos, pode-se jogar durante 11 meses e há cada vez mais jovens a praticar desporto. "Há mais acesso a campos de futebol e as crianças podem ter uma formação mais contínua. Algumas empresas pagam para que os melhores clubes de cada região façam torneios entre si. Ainda há pais a pagar muito dinheiro a escolas privadas para que os filhos treinem todos os dias", conta, ao JN, Nuno Marques, antigo guarda-redes português a viver na Noruega.