No final do dérbi São Paulo-Palmeiras (1-1), a contar para o Campeonato Paulista, Abel Ferreira não fez a conferência de imprensa. Na zona mista, questionado sobre o motivo, respondeu: "Não nos deixaram falar".
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O São Paulo fala em "reciprocidade", uma vez que disponibilizou a zona mista "a cargo do clube visitante" como resposta às más condições disponibilizadas no último clássico em casa do Palmeiras.
"Vale ressaltar que, na última partida disputada no Allianz Parque, o São Paulo precisou realizar a entrevista coletiva em um pequeno espaço anexo à zona mista do estádio, local de passagem de muitas pessoas, que dava acesso ao vestiário dos gandulas, sem direito a fixar adequadamente o backdrop com os patrocinadores", escreveu o São Paulo.
A versão do Palmeiras é diferente. "Fomos informados pelo São Paulo, somente após o jogo, que não haveria sala para a realização da conferência de imprensa do técnico Abel Ferreira. Como o visitado não nos ofereceu nenhuma alternativa, a conferência do treinador teve de ser cancelada. O argumento usado pelo São Paulo (reciprocidade) não condiz com a verdade, já que o Palmeiras, enquanto visitante, oferece sempre um espaço para a entrevista do treinador adversário", lê-se na nota emitida pelo "Verdão".
O jogo ficou marcado por várias polémicas e o presidente do São Paulo, Julio Casares, atirou-se à arbitragem. "A arbitragem foi desastrosa. Foi um absurdo. A Federação Paulista não pode agir desta forma. Vi o auxiliar do árbitro a gozar com o Calleri. Vi o adjunto do Abel a rir e a ironizar. Chega do Abel apitar os jogos do Paulistão. Foi uma vergonha o que vimos no Morumbi", disse, ao GloboEsporte.