A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) emitiu um parecer, a que o JN teve acesso, segundo o qual quer o projeto (construção da academia) quer o promotor (Associação de Futebol do Porto) não são elegíveis para o programa Norte 2030, gerido pela CCDR-N. Fica um buraco de €3,75 milhões.
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Em resposta à proposta enviada pela Área Metropolitano do Porto (AMP), sobre a elegibilidade do projeto da construção da academia da Associação de Futebol do Porto (AFP), que avançou com o apoio de dez Municípios, a CCDR-N começa por lembrar as restrições da Comissão Europeia no apoio a equipamentos desportivos e que Portugal apenas conseguiu enquadrar nos Programas Regionais "pequenas intervenções no domínio da requalificação e modernização de equipamentos desportivos para reforço da coesão social”. E estas não podem ter custo superior a 300 mil euros. O que não acontece com o projeto da academia da AFP. Trata-se da construção de um novo equipamento e o custo estimado situa-se nos oito milhões de euros.
Quando o projeto foi para a frente - em janeiro houve cerimónia de lançamento da primeira pedra -, o objetivo era garantir 3,75 milhões de euros dos fundos comunitários do programa Norte 2030, tendo as dez autarquias que o apoiaram garantido mais quatro milhões de euros, a saber: 750 mil euros (Porto), 500 mil euros cada (Vila Nova de Gaia, Maia, Matosinhos e Gondomar), 250 mil euros cada (Paredes, Póvoa e Varzim, Santo Tirso, Trofa e Vila do Conde). De fora do projeto colocaram-se oito câmaras da AMP: Valongo, Arouca, Espinho, São João da Madeira, Santa Maria da Feira e Vale de Cambra.