Críticas do presidente a Carlos Carvalhal, após o desaire em Glasgow adivinham saída do técnico.
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O melhor desempenho europeu das últimas seis épocas, concluído quinta-feira em Glasgow, com a derrota por 3-1, após prolongamento, frente ao Rangers, na segunda mão dos quartos de final da Liga Europa, não deverá chegar para ditar a continuidade de Carlos Carvalhal no comando técnico dos braguistas.
A queda na Escócia, num jogo que começou e acabou mal, com queixas de arbitragem pelo meio, acelerou a ideia de fim de ciclo na "pedreira". Carlos Carvalhal, em fim de contrato, ficou mais perto da saída.
O Braga tem presença garantida, na próxima época, na UEFA (18.ª participação nos últimos 19 anos), só falta definir em que prova e etapa entrará em ação, pelo que ao atual treinador deverão restar cinco jornadas da Liga. O terceiro lugar é uma miragem, o quarto está bem encaminhado e a eventual descida a quinto é tão improvável quanto a chance de ainda ficar no pódio.
Ao disparar em todas as direções, após a eliminação europeia, António Salvador não poupou também Carlos Carvalhal, atribuindo-lhe responsabilidade, face à exibição inicial da equipa. "Na primeira parte não existimos, nem no campo, nem no banco", atirou.
Face às declarações do treinador ao longo da época, em que nunca fechou a porta à saída, a que se pode juntar as palavras do presidente na Escócia, é cada vez mais provável que a segunda passagem de Carlos Carvalhal pelo comando do Braga esteja prestes a acabar. Um período marcado, sobretudo, pela conquista da Taça de Portugal, na época passada e pelo lançamento de muitos jovens oriundos da formação na equipa principal. Se ao treinador não deverá faltar mercado, em aberto ficará a questão da sucessão, no comando arsenalista. Mas, nesta altura, António Salvador já deverá ter algum trunfo na manga...