O advogado de Carlos Queiroz, Rui Patrício, assegurou ainda desconhecer os "fundamentos" da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) para a dispensa do seleccionador português, após o anúncio feito por Gilberto Madail.
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"Primeiro, vou aguardar os fundamentos da decisão e, a partir daí, é andar para a frente na defesa intransigente dos direitos, que entendemos devidos, do professor Carlos Queiroz", afirmou o advogado, reiterando não ter visto os "fundamentos" da decisão.
Rui Patrício, que falou aos jornalistas junto à sede do organismo federativo, após o presidente da FPF, Gilberto Madail, ter anunciado a dispensa do técnico, frisando que a decisão já foi "comunicada a Carlos Queiroz".
Recusando-se a esclarecer que exigências serão feitas para a desvinculação do treinador, o advogado foi sintético: "O contrato termina com causa ou sem causa. Se termina sem causa, há que indemnizar. Isto é um princípio geral do Direito".
"Sobre a matéria do contrato, do que foi acordado entre o professor Queiroz e a federação, não vou tecer qualquer comentário", afirmou, sublinhando apenas que a duração do contrato celebrado era de quatro anos.
Rui Patrício escusou-se ainda a comentar as alegadas ingerências políticas no despedimento do seu constituinte, mas admitindo, caso estas se confirmem, recorrer às instâncias internacionais.
"Se, por ventura, tiver havido, e espero que não, fatalmente os organismos internacionais do desporto tomarão atenção essa matéria. Estou a falar, em primeiro lugar, na FIFA", acrescentou.
O advogado disse não ter sido surpreendido pelo anúncio da decisão, tomada por unanimidade pela direcção da FPF, por se tratar de "despedimento anunciado".
"Não é preciso ser muito experiente para perceber que iria haver este desfecho. Só fiquei surpreendido por ser hoje, porque todos os processos estão em curso. Nenhum processo está terminado", referiu.