Nos Distritais da Associação de Futebol do Porto, onde os holofotes não chegam, há quem tenha o "nome" de craques mundiais.
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Deco, Maradona, Futre, Pizzi e Lavezzi são nomes de peso no futebol mundial, mas têm homónimos que brilham longe dos holofotes, nos distritais. Paulo Almeida é o Deco no Ermesinde 1936, Diogo Almeida veste a pele de Maradona no Coimbrões, Fábio Magalhães é vertiginoso como Futre no Mocidade Sangemil, Hélder Neto bate a continência como Pizzi no Gatões e Bruno Santos mostra a velocidade de Lavezzi no Desportivo de Portugal.
Fora do futebol, Paulo Almeida trabalha numa empresa de etiquetas, mas em campo procura ter a técnica do antigo "mágico" dos dragões. "Em criança fui fazer captações ao F. C. Porto e levei uma camisola do clube. O treinador deu-me esta alcunha de Deco e ficou até aos dias de hoje", conta o jogador, de 25 anos.
Em campo, Maradona ia para cima dos defesas e Diogo Almeida procura ter a ousadia do argentino na mesma proporção com que sonha ser profissional. "Desde pequeno que o meu único sonho é ser alguém no futebol", diz o médio do Coimbrões.
Maradona era genial, mas Bruno Santos tem a rapidez de outro craque argentino e, por isso, ficou conhecido por Lavezzi. Mas, no futuro, até pode ser apelidado de "Fernando Santos". "Quando terminar a carreira quero continuar ligado ao futebol como treinador. Gostava de ser selecionador nacional", diz o avançado do Desportivo de Portugal.
Rápido e incisivo, Fábio Magalhães brilha no Mocidade Sangemil e carrega nas costas o nome de Futre, craque do futebol português e mundial. Mas tem, contudo, os pés bem assentes na terra: "Já não sonho com o futebol, quero é dar tudo pela minha filha".
Com 32 anos, Hélder Neto é o mais velho. Este bombeiro de profissão também apaga fogos em campo, pois atua como médio defensivo no Gatões. "Sou do Benfica e fiquei com a alcunha de Pizzi por festejar a fazer a continência", conta.