Afinal, o que se passou nos instantes finais da assembleia geral do F. C. Porto?
Depois da intervenção de um sócio e de um conjunto de desacatos, o presidente da assembleia geral suspendeu os trabalhos que serão retomados na próxima segunda-feira.
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A assembleia geral (AG) do F. C. Porto ficou marcada por um clima tenso e por agressões entre sócios, atingindo o pico na reta final. Um dos focos mais problemáticos aconteceu pouco antes da meia-noite, quando um associado pediu a palavra para dar conta que nem todas as casas do clube têm um espaço físico e isso poderia pôr em causa a questão do voto eletrónico, uma das matérias mais sensíveis que ia a aprovação.
Quando terminou a intervenção e chegou à bancada, gerou-se uma enorme confusão que não seria sanada no imediato. O sócio acabou por sair para a pista, onde se geraram mais desacatos e nem mesmo a intervenção de um dos associados na instalação sonora, quando também se preparava para discursar, serenou os ânimos.
É nessa altura que Lourenço Pinto, presidente da mesa da AG, resolve suspender os trabalhos, confirmando que a reunião magna será retomada na próxima segunda-feira.
Em causa está uma mudança nos estatutos a cerca de cinco meses das eleições presidenciais. Além do voto eletrónico, existe a possibilidade do próximo sufrágio se realizar até junho, e não em abril, uma proposta que o presidente Pinto da Costa discorda como fez questão de transmitir aos sócios durante a AG.
A reunião magna estava para decorrer no auditório do Estádio do Dragão, mas a presença de milhares de sócios fez com que se realizasse no pavilhão Dragão Arena, onde muitos associados nem sequer permaneceram até ao fim, alegando falta de condições de segurança. Nuno Lobo, candidato às últimas eleições, e André Villas-Boas, que poderá avançar no próximo sufrágio, falaram à comunicação social quando estavam na fila de acesso ao recinto.