Pizzi abriu marcador para o Benfica na segunda parte e Saka, dois minutos depois, fez o empate. Tudo em aberto para a segunda mão, em Atenas.
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O Benfica empatou (1-1) com o Arsenal, em Roma, no primeiro jogo dos 16 avos de final, resultado que lhe permite sonhar abertamente com a qualificação. É verdade que, na segunda mão, em Atenas, basta à equipa inglesa empatar sem golos, mas o facto de o encontro se disputar em casa emprestada, como sucedeu ontem, pode ser um ponto a favor das águias. Na capital italiana, a exibição do Benfica, em especial na segunda parte, evidenciou melhorias em relação ao passado recente. Pizzi fez o golo na transformação de um penálti e, apesar de Saka ter empatado logo a seguir, a equipa está mais confiante.
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Com um esquema de três centrais, para fazer frente ao forte ataque do Arsenal, a águia demorou a encontrar-se no início do jogo. Sem bola, com muitas dificuldades para equilibrar as contas no meio-campo, e obcecado com a ideia de defender, beneficiou de alguma sorte para evitar um golo madrugador. Aos 19 minutos, a menos de um metro da baliza, Aubameyang falhou, de forma incrível, o alvo. O Benfica acordou por volta da meia hora, altura em que, finalmente, conseguiu triangulações eficazes. Perto do descanso, Grimaldo dispôs da primeira oportunidade, mas preferiu cruzar a rematar e a bola bateu em Ceballos.
O efeito Rafa
A entrada de Rafa na segunda parte melhorou a equipa, que deixou de querer apenas e só defender. Menos temerosa do valor do adversário, a equipa portuguesa, com uma esquema defensivo que acabou por funcionar razoavelmente bem, começou a ganhar metros no campo. O golo chegou em pouco tempo: um cruzamento de Diogo Gonçalves embateu no braço de Smith-Rowe, e Pizzi converteu a grande penalidade. Porém, a vantagem só durou um par de minutos. Uma bola lançada nas costas apanhou Gonçalves desprevenido e Cédric cruzou à vontade para o empate fácil de Saka.
Ainda assim, o Benfica não baixou os braços diante de um Arsenal que foi melhor tecnicamente e que, em velocidade, se revelou difícil de parar. Rafa e Everton tiveram oportunidades para chegar ao triunfo, mas Aubameyang também podia ter feito o segundo do Arsenal.
POSITIVO: Helton Leite esteve a um bom nível, comandando uma defesa de três centrais, que teve dificuldades para acompanhar a velocidade do Arsenal. Ainda assim, a armadilha do fora de jogo funcionou bem.
NEGATIVO: Desinspirado, Aubameyang falhou duas oportunidades soberanas. No golo do Arsenal, Diogo Gonçalves podia ter feito muito mais. Darwin e Waldschmidt passaram ao lado da partida.
ÁRBITRO: Nos lances decisivos do encontro, teve a ajuda preciosa do VAR. Bem no penálti assinalado a favor do Benfica e também na validação do golo do Arsenal.