Noite de gala na Luz com o Benfica a dar fantástica resposta no teste mais exigente na época. Donnarumma foi o melhor no PSG. Messi fez golo mágico
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Um Benfica quase irrepreensível no plano tático empatou a um golo com o PSG, na Luz. Os encarnados mantêm a liderança do Grupo H, a par do campeão francês. Frente a um conjunto montado para a conquistar o troféu, as águias esbateram a diferença com muita alma, qualidade e podiam ter conseguido os três pontos.
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A equipa de Roger Schmidt foi guerreira, intensa, agressiva, cheia de alma, corajosa e revelou raça para suster uma formação que tem um trio de sonho composto por Messi, Neymar e Mbappé. Além da entrega, o Benfica revelou também competência e só pecou na finalização, em boa parte por culpa da boa exibição de Donnarumma. A formação encarnada passou por poucos sobressaltos, na primeira parte, e nunca se desuniu no momento de sofrer.
O Benfica entrou personalizado, pressionante, a dar a sensação que iria lutar por cada bola como se fosse a última. Soube limitar as ações parisienses e procurou impedir que o adversário chegasse à linha da frente. Os encarnados foram rápidos sobre a bola, solidários, e contaram com a força invisível das bancadas, motivada por um ambiente frenético de 63.206 adeptos.
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Gonçalo Ramos acordou Donnarumma, que fez a primeira de três grandes defesas. A exibição fazia sonhar a Luz, mas logo depois veio um flash de dura realidade, face à entrada em cena do trio ofensivo, num quadro com assinatura final de Messi. O golo inaugural, de classe pura, cortou o ímpeto das águias e tranquilizou o PSG.
A formação da Luz demorou a "voltar" ao jogo. No entanto, tornou a atacar e António Silva fez novamente o gigante italiano brilhar na baliza. Apesar da "muralha", os encarnados não desistiram e conseguiram, finalmente, escalar a montanha, num lance com ajuda de Danilo, que desviou para a própria baliza o cruzamento de Enzo.
No segundo tempo, os franceses entraram com maior vivacidade e apertaram as águias, que começaram a dar sinais de cansaço. Nesse período, Vlachodimos foi decisivo e negou o sucesso a Mbappé.
Na reta final, o Benfica mostrou bravura, luta, mas já não teve pulmão e oxigénio para sair a jogar. Na última cartada, Schmidt lançou Draxler e Aursnes para tentar respirar e Rafa, à "Messi", ainda rompeu pela área contrária, mas a conclusão não foi a melhor. O Benfica acabou apertado na defesa, mas parou e bem o todo poderoso PSG.
Mais: Os pés de Messi e as mãos de Donnarumma deixaram marca na Luz. Vlachodimos imitou o italiano. António Silva e Enzo confirmaram ser jogadores de eleição.
Menos: Otamendi hesitou, num lance aos 50 minutos, em plena área e foi salvo por Vlachodimos. Nuno Mendes teve de sair mais cedo com um problema muscular.
Árbitro: Aplicou um conceito largo no plano disciplinar. Terá perdoado um amarelo a Neymar por entrada sobre Rafa.