Pavlidis assina triunfo pela diferença mínima e chega aos 11 golos nos últimos dez jogos. Benfiquistas entraram forte, mas esbanjaram várias chances e enfrentaram um supercheco na baliza minhota.
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Um golo de Pavlidis permitiu ao Benfica vencer o Braga, esta quarta-feira, na Luz, e garantir a passagem às meias-finais da prova-rainha, onde encontrará o Tirsense, numa eliminatória a duas mãos. Triunfo justo dos encarnados, que se superiorizaram aos bracarenses, geraram maior volume de jogo ofensivo, mais oportunidades (uma mão cheia), mas não revelaram o “instinto assassino” já pedido por Bruno Lage para selar duelos e evitar qualquer sofrimento. No entanto, contaram com a onda goleadora de Pavlidis, que assinou o 11.º golo nos últimos dez jogos.
Os minhotos foram surpreendidos pela entrada muito forte das águias, melhoraram posteriormente, mas nunca chegaram verdadeiramente a ameaçar, apesar de Racic, ainda na primeira parte, ter tido a melhor chance da equipa. A excelente exibição do guarda-redes Hornicek manteve a diferença mínima e a esperança minhota, ampliada pela juventude lançada por Carlos Carvalhal.
António Silva, Akturkoglu e Pavlidis foram as novidades do onze de Bruno Lage, em relação ao jogo com o Boavista. Já Carlos Carvalhal, trocou apenas um elemento relativamente ao duelo com o Nacional, com Racic a entrar para o meio-campo em vez de Gharbi.
O Benfica surgiu solto, com boa energia e dinâmica ofensiva. A mobilidade de algumas peças causava incerteza na defesa minhota, que levou tempo a acertar as marcações. Nessa fase, Akturkoglu atirou ao poste e Pavlidis falhou a recarga, na melhor ação dos encarnados.
O onze de Carvalhal melhorou, encurtou linhas e passou a gerir o ímpeto das águias. Mais liberto, ameaçou no ataque, num cabeceamento de Racic. Bruma não hesitou na traição, mas o lance foi anulado por fora de jogo a Pavlidis. Uma fase em que as águias recuperavam a aceleração inicial e em que Pavlidis e Akturkoglu fizeram brilhar o guardião checo. O bom momento foi compensado com o tento do grego.
A vantagem justificava-se pelo maior volume de jogo ofensivo do Benfica, que podia ter ampliado à beira do intervalo, só que Carreras foi demasiado impetuoso e tornou a tarefa de Kokçu e Bruma quase impossível.
Os minhotos voltaram do intervalo aparentemente com maior audácia estratégica, mais subidos e rápidos nas movimentações. Tentaram pressionar e condicionar as águias, mas ficaram mais vulneráveis na defesa. Bruma e Pavlidis aproveitaram o contexto, só que o guardião checo continuou a brilhar.
Roger tentou assustar a Luz, mas a mira estava desafinada.
Bruno Lage lançou Barreiro e Belotti, mas a equipa apareceu mais acanhada e recuou, ao contrário dos minhotos, que revelavam mais confiança perto do último quarto de hora. O resultado continuou aberto até ao apito final, embora as águias tenham estado sempre mais perto de ampliar a vantagem do que de sofrer o empate.
Benfica mantém aposta em todas as frentes
Pavlidis continua a surfar a onda goleadora e fez o 11.º tento nos últimos dez jogos. Otamendi foi imperial na segunda parte. Hornicek defendeu quase tudo e manteve a esperança minhota.
Receção imperfeita de Paulo Oliveira, que depois errou o passe de saída no lance do golo dos benfiquistas. Schjelderup realizou algumas descidas rápidas, mas foi demasiado egoísta.
Considerou, auxiliado pelo VAR, que Pavlidis influenciou a jogada anulada a Bruma. Dúvida na ação de Otamendi, que levantou o pé junto à cabeça de Paulo Oliveira.
Estatuto reforçado
A qualificação para as meias-finais da Taça de Portugal reforçou o estatuto do Benfica, que se mantém como a única equipa portuguesa em três frentes competitivas, isto depois de já ter conquistado a Taça da Liga.
Após ter alcançado o Sporting na liderança da Liga, reiterando as hipóteses de chegar ao título, o Benfica segue na Taça de Portugal, tendo agora de defrontar, a duas mãos, o Tirsense, do quarto escalão nacional, na luta pelo acesso à final.
Em termos de provas europeias, o Benfica discutirá nas duas próximas semanas, com o Barcelona, uma vaga nos quartos de final da Liga dos Campeões. O Vitória de Guimarães é outra equipa lusa que também ainda está nas provas da UEFA (Liga Conferência), mas já caiu na Taça de Portugal.
Com o golo ao Braga, Pavlidis reforçou o estatuto de melhor marcador do Benfica, com 18 tentos, com a particularidade de já ter faturado nas quatro provas que a equipa disputou.